



Da belíssima exposição de Gustave Courbet no Grand Palais, duas notas que interessam à temática deste blog. Primeiro, a relação entre o erotismo de Courbet e a fotografia, como se pode notar no quadro A origem do mundo (1866) e nas Photographies obscènes pour stéréoscope, de Auguste Belloc (1860). A segunda é a "elevação" do cotidiano e de personagens anônimos à representação em grandes formatos, até então reservados a temas e personagens de notoriedade histórica. Cotidiano que vai se tornando mais íntimo à medida em que os temas vão se tornando mais mundanos e associados à vida moderna das grandes cidades (o que coincide com a mudança de Courbet para Paris), revelando a conexão entre intimidade e urbanidade.


Portrait de Charles Beaudelaire, G. Courbet