Os sistemas de videovigilância recentes têm deixado de ser apenas máquinas de visão, monitoramento e registro para se tornarem também capazes de "analisar" automaticamente o que se passa no seu campo perceptivo, de modo a prever e impedir eventos indesejados. Os novos dispositivos de videovigilância incluem, assim, softwares de identificação de movimentos, comportamentos e episódios suspeitos. Tenho mencionado alguns exemplos neste blog e adiciono aqui mais um, que consiste em um programa de "detecção de exceções" que visa aliviar o trabalho dos controladores de câmera, identificando automaticamente situações, indivíduos e ações suspeitas. O sistema analisa a totalidade das imagens de inúmeras câmeras e exibe aos responsáveis pela segurança apenas aquelas que contêm algum dado de exceção. Em 2008 o sistema ferroviário de Maryland contará com esse dispositivo de videovigilância, que deverá detectar a presença de pacotes inesperados ou indivíduos suspeitos, conforme matéria do GCN.
Uma breve observação adicional: além de atualizarem uma modalidade de vigilância preditiva e preventiva, antecipando e frustrando o evento possível, tais dispositivos colocam em jogo um tipo de atenção que está voltada para a captura do excepcional, reforçando a videovigilância como parte de uma arquitetura da regularidade. O possível e o extraordinário sob suspeita.
Uma breve observação adicional: além de atualizarem uma modalidade de vigilância preditiva e preventiva, antecipando e frustrando o evento possível, tais dispositivos colocam em jogo um tipo de atenção que está voltada para a captura do excepcional, reforçando a videovigilância como parte de uma arquitetura da regularidade. O possível e o extraordinário sob suspeita.
Um comentário:
Este post está presente na página 42 do seu livro,mas a data correspondente está incorreta ( sexta-feira, 16 de novembro de 2010).
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