Uma das boas coisas que vi em Paris: a exposição Víctor Erice / Abbas Kiarostami Correspondances no Beaubourg. Um belo diálogo em forma de cartas filmadas sobre as possibilidades e limites da imagem nas fronteiras entre o cinema, a fotografia, a instalação e a pintura. O lugar do espectador é constantemente reposicionado nos diversos trabalhos da exposição. Uma exposição que exige tempo e percuso paciente.
« Je crois à un cinéma qui donne plus de possibilités et de temps à son spectateur. Un cinéma mi-fabriqué, un cinéma inachevé qui se complète avec l'esprit créatif du spectateur. » « Il faut savoir aussi qu'une histoire doit avoir des trous, des cases vides, comme dans les mots croisés, et que c'est au spectateur de les combler ... Il faut que le réalisateur soit aussi le spectateur de son propre film » (Abbas Kiarostami)
Ainda Kiarostami a propósito da infância, um dos temas da exposição, presente, entre outros, na instalação Ten minutes older (ver foto abaixo):
"Se elas [as crianças] não podem nos compreender, é porque temos um ponto fraco: não conseguimos produzir um pensamento simples. E quando o cinema assume um tom sentencioso, amargo, é porque não consegue se exprimir".
Ainda Kiarostami a propósito da infância, um dos temas da exposição, presente, entre outros, na instalação Ten minutes older (ver foto abaixo):
"Se elas [as crianças] não podem nos compreender, é porque temos um ponto fraco: não conseguimos produzir um pensamento simples. E quando o cinema assume um tom sentencioso, amargo, é porque não consegue se exprimir".
Abbas Kiarostami, Ten minutes older Installation
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