tag:blogger.com,1999:blog-82370738817929059372024-02-20T10:57:14.640-03:00Dispositivos de Visibilidade e Subjetividade ContemporâneaBlog da pesquisa "Visibilidade, vigilância e subjetividade nas novas tecnologias de informação e de comunicação".<br>
Coordenação....Fernanda Bruno. Apoio....CNPq.Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.comBlogger413125tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-47865905541236508772015-12-30T20:55:00.000-03:002015-12-30T20:55:31.839-03:00#Dronehackademy<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzV-wrFs0UOY3Pz8fDGCEXE1OXbr7jkX3AA0hlbljp_W1A6k0-h7gBoNOxFsKmMEkKLLt_NNr7m_N3yu4Mqdujoock1rEstv8-lTzvaS2KbKvmNc2uO2_a-WXYxgDkjtYVUhyjyYh_j60/s1600/sapiens4.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzV-wrFs0UOY3Pz8fDGCEXE1OXbr7jkX3AA0hlbljp_W1A6k0-h7gBoNOxFsKmMEkKLLt_NNr7m_N3yu4Mqdujoock1rEstv8-lTzvaS2KbKvmNc2uO2_a-WXYxgDkjtYVUhyjyYh_j60/s400/sapiens4.jpg" width="400" /></a><br />
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Os drones talvez sejam a máquina mais sintomática do nosso tempo, por ora. Máquina modelo da atual guerra ao terror, em que o ângulo de visão e de tiro coincidem na linha de mira de um pós-humanismo brutal. Matar sem poder morrer: violência cuja assimetria e unilateralidade extremas redefinem, conforme G. Chamayou (Teoria do Drone) a concepção da guerra. Do combate ao assassinato seletivo (e à distância). Para além da guerra, e ironicamente, essa máquina assume recentemente mil e uma utilidades e alimenta uma indústria que cresce vertiginosamente.</div>
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Como lidar com essa máquina e seus ardis? A #dronehackademy, projeto coordenado por Pablo de Soto e Lot Amoros no <a href="http://medialabufrj.net/">MediaLab.UFRJ</a>, com apoio da Rede LAVITS, enfrenta a questão.</div>
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Documentação da primeira edição da #<a href="http://dronehackademy.net/pt/" target="_blank">dronehackademy</a> <a href="http://dronehackademy.net/pt/" target="_blank">aqui</a>.</div>
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Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-70823043242431274462015-12-28T20:50:00.004-03:002015-12-30T20:56:55.106-03:00A Vida Secreta dos Objetos 2015<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg2U74XEl6tPpgNfAt3KMD7kghBS76YcwpWNJ21m2omjDxZNKMI3hsQxIuqHIWzyTqyVlJl8nRbCOjpP2qWXpvELKj7_uROvstapxPGUydHW_ksnuTBXZ1_iK6CcTn2G4ud6ZQ26zDIso/s1600/VidaSecretaObjetos_2015.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhg2U74XEl6tPpgNfAt3KMD7kghBS76YcwpWNJ21m2omjDxZNKMI3hsQxIuqHIWzyTqyVlJl8nRbCOjpP2qWXpvELKj7_uROvstapxPGUydHW_ksnuTBXZ1_iK6CcTn2G4ud6ZQ26zDIso/s400/VidaSecretaObjetos_2015.jpg" width="400" /></a></div>
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Em agosto de 2015 <a href="https://vidadosobjetos.wordpress.com/">A Vida Secreta dos Objetos</a>
esteve de volta ao Rio de Janeiro, dando continuidade ao evento
inaugurado em 2012. Este ano, o instigante Simpósio dedicou-se ao subtema “Ecologias da
Mídia” e aconteceu em São Paulo, Rio
de Janeiro e Fortaleza. Um prazer e uma honra participar mais uma vez desse belo encontro.<br />
A <a href="https://drive.google.com/file/d/0B7So_u8L6s_vZHdwS1NhUzgzNTA/view" target="_blank">programação</a> e os registros da edição carioca estão no <a href="https://vidadosobjetos.wordpress.com/" target="_blank">site</a> do Simpósio.</div>
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Abaixo, o resumo da minha conferência <b>“<a href="https://vidadosobjetos.wordpress.com/contramanual-para-tecnologias-smart-algoritmo-controle-tempo/" target="_blank">Contramanual para tecnologias <i>smart</i>: algoritmo, controle, tempo</a>"</b>:
<br />
Uma parte significativa da paisagem de dados por onde trafegamos é
modulada por algoritmos que alimentam-se de nossas ações, alegam
‘aprender’ com elas e nos ofertam uma paisagem personalizada que projeta
o que supostamente desejamos ver, consumir, ouvir, ler, conhecer
preferencialmente. Tais algoritmos, nutridos por imensos volumes de
dados variados e dinâmicos, animam a vida secreta das tecnologias,
ambientes, plataformas e serviços ditos inteligentes. Tão “<i>smart</i>” quanto opacos.<br />
Como ver, apreender, narrar essas máquinas que nos fazem visíveis e
que no entanto escapam à nossa percepção e ação? Como negociar com elas,
como contestá-las, contrariá-las e eventualmente sabotá-las?
Encaminharemos nesta conferência interrogações sobre as políticas de
visibilidade, a escala e a agência do controle algorítmico, que incide
especialmente sobre o tempo, sobre como ver adiante e agir antes.</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-79129669385338374092015-12-28T20:28:00.000-03:002015-12-28T20:28:08.813-03:00LAVITS 2015: Simpósio, Videos, Anais <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Xu72JbKdVAJlOeGEJj42klGGt1kK00UfjmKEaTRKXfuFE2dRKwiIYXNvtTICF3xyRDcgCAHhZkG3m7ldkKiWGwZ0wVuQR3Y4NSvsFtYhCLmU-BvrjwsBvFBn4ncMP57srrvHEOM28I8/s1600/LAVITS_Cartaz_WEB%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4Xu72JbKdVAJlOeGEJj42klGGt1kK00UfjmKEaTRKXfuFE2dRKwiIYXNvtTICF3xyRDcgCAHhZkG3m7ldkKiWGwZ0wVuQR3Y4NSvsFtYhCLmU-BvrjwsBvFBn4ncMP57srrvHEOM28I8/s400/LAVITS_Cartaz_WEB%25281%2529.jpg" width="267" /></a></div>
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A LAVITS - Rede latino-americana de estudos em vigilância, tecnologia e sociedade, criada em 2009 por um grupo de pesquisadores inquietos com a penetração crescente de práticas e tecnologias de vigilância em nosso cotidiano, realizou em maio de 2015 o seu terceiro Simpósio Internacional no Rio de Janeiro. Simpósio fértil em ideias, diálogos, intercessões e trocas, abrigados sob a temática geral "Vigilância, Tecnopolíticas, Territórios. Ao longo de três dias reunimo-nos em torno de conferências, seminários temáticos, oficinas, intervenção audiovisual e um seminário aberto que fechou o evento.</div>
<div style="text-align: justify;">
A programação completa pode ser conferida no <a href="http://lavitsrio2015.medialabufrj.net/" target="_blank">site do III Simpósio LAVITS</a>, bem como os <a href="http://lavitsrio2015.medialabufrj.net/anais/" target="_blank">Anais</a> com os trabalhos apresentados nos seminários temáticos. Os <a href="http://bit.ly/lavits2015" target="_blank">videos das conferências</a> podem ser vistos <a href="http://bit.ly/lavits2015" target="_blank">aqui</a>.</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-87892776540198218992015-09-10T21:37:00.000-03:002015-12-30T21:37:55.443-03:00 Nem indivíduo, nem sociedade: o transindividual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLdsP-XSrw1-TN0kbtszCZJr1v2Iinpmlw_IobfCRalaYIkWlbml9rIoilgfPhNvEUE-mTvSaxy3g0YEpDGhzV7sxlZhW_MO_VLhHNpSzjSBVf1DZE36v8IOJe-52o73yc670XNs__S0Q/s1600/Simondon.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="147" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLdsP-XSrw1-TN0kbtszCZJr1v2Iinpmlw_IobfCRalaYIkWlbml9rIoilgfPhNvEUE-mTvSaxy3g0YEpDGhzV7sxlZhW_MO_VLhHNpSzjSBVf1DZE36v8IOJe-52o73yc670XNs__S0Q/s400/Simondon.jpg" width="400" /></a></div>
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O <a href="http://medialabufrj.net/2015/09/nem-individuo-nem-sociedade-o-transindividual/">Medialab/UFRJ</a>, o LEIC/UFRJ e o GeACT convidam a todxs para o debate
‘Nem indivíduo, nem sociedade: o transindividual’ com Pedro Ferreira (UNICAMP):<br />
<br />
A apresentação irá explorar aspectos da teoria social desenvolvida
por Gilbert Simondon em L’Individuation à la lumère des notions de forme
et d’information. Em especial, será abordada a noção simondoniana de
“transindividual”, fundamental para sua concepção de individuação
coletiva. Serão indicadas algumas possíveis contribuições dessa teoria
social para pesquisas em ciências sociais.<br />
<br />
Pedro P. Ferreira é professor do Depto. de Sociologia do IFCH/Unicamp
e desenvolve pesquisas na área de sócio-antropologia da ciência e da
tecnologia (entendidas como práticas de conhecimento ou saberes
práticos). Já desenvolveu pesquisas teóricas e empíricas sobre
xamanismo, música eletrônica de pista, skate, fotografia, morfogênese
urbana e práticas teórico-laboratoriais em física, experimentando mais
recentemente com uma perspectiva filosófica menor da Teoria Ator-Rede.
Atualmente desenvolve uma leitura sociológica da filosofia da
individuação de Gilbert Simondon.<br />
<br />
=== <strong>DATA/LOCAL</strong> ====<br />
Sexta-feira, dia 11 de setembro, às 14h30<br />
IFCS – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais<br />
SALA 109, Térreo<br />
==== <strong>REALIZAÇÃO</strong> ====<br />
MediaLab.UFRJ<br />
http://medialabufrj.net/<br />
LEIC (Laboratório de Etnografias e Interfaces do Conhecimento) – IFCS/UFRJ<br />
GeACT – Grupo de Estudos em Antropologia da Ciência e da Tecnologia<br />
https://geactblog.wordpress.com/<br />
=== <strong>REFERÊNCIAS</strong> ===<br />
A individuação à luz das noções de forma e de informação: Introdução. (Trad. Pedro Ferreira e Francisco Caminati)<br />
https://cteme.files.wordpress.com/2011/05/simondon_1958_intro-lindividuation.pdf<br />
Video de Pedro Ferreira <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Z_RQ4jCJ3EI" target="_blank">https://www.youtube.com/watch?<wbr></wbr>v=Z_RQ4jCJ3EI</a> Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-72150882925746045402015-09-01T21:02:00.000-03:002015-12-30T21:06:02.857-03:00 Olho_Máquina_Mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm3TpUmjB4wotPRLoDkXOnchX8T_6QEW1IwasylMtpHvkec13j4VpRi1Okj0pcVOseGwoK9oiVwglH_ykX_v81Pd2_ww_SIAAF0tAlR_Mo2raDVbAf8SxGEa_RsPw8gfeZEleM32Veu2s/s1600/plataforma-deslocamentos-farocki2-734x1024.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm3TpUmjB4wotPRLoDkXOnchX8T_6QEW1IwasylMtpHvkec13j4VpRi1Okj0pcVOseGwoK9oiVwglH_ykX_v81Pd2_ww_SIAAF0tAlR_Mo2raDVbAf8SxGEa_RsPw8gfeZEleM32Veu2s/s400/plataforma-deslocamentos-farocki2-734x1024.png" width="286" /></a></div>
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No segundo semestre de 2015 ofereço no <a href="http://medialabufrj.net/2015/08/olho_maquina_mundo/www.pos.eco.ufrj.br/">PPGCOM/UFRJ</a>, em parceria com Tadeu Capistrano (<a href="http://medialabufrj.net/2015/08/olho_maquina_mundo/www.ppgav.eba.ufrj.br/">PPGAV/UFRJ</a>), o curso<strong> Olho_Máquina_Mundo: explorações estético-políticas a partir do trabalho de Harun Farocki</strong>. O curso é uma parceria destes programas de pós-graduação da UFRJ com a <a href="https://www.facebook.com/plataformadeemergencia?fref=ts">Plataforma de Emergência/Deslocamentos do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica/CMAHO</a>.
O curso é aberto não apenas a mestrandos, doutorandos, mas também a
artistas, pesquisadores e profissionais interessados. As inscrições
podem ser feitas no PPGCOM/UFRJ, no PPGAV/UFRJ ou no CMAHO (<a href="http://goo.gl/forms/bDQlUDpwen" rel="nofollow" target="_blank">goo.gl/forms/bDQlUDpwen)</a></div>
O curso será oferecido às quintas-feiras, das 15 às 18h, no auditório do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica.<br />
<br />
Abaixo a ementa e a bibliografia básica:<br />
O curso toma o trabalho de Harun Farocki como ponto de partida para
explorar as conexões entre olho, máquina e mundo em três campos: a
produção científico_tecnológica de máquinas de visão, as estratégias de
controle sobre espaços, territórios e populações, e as práticas
artísticas que têm questionado as recentes dinâmicas de poder. Estes
três campos, analisados conjuntamente, formam a base para uma reflexão
estético-política sobre as trajetórias moderna e contemporânea de
produção das imagens, dos nossos modos de ver e de fabricar mundos. Tal
reflexão será conduzida, ao longo do curso, pela análise de trabalhos
artísticos de Farocki, em diálogo com obras de outros artistas, e textos
de arte, filosofia, psicologia, arquitetura e mídia.<br />
Bibliografia Básica:<br />
ARANDA, Julieta; VIDOKLE, Anton; WOOD, Brian K. <em>e-Flux # 59 – Harun Farocki</em>. New York, 2014.<br />
CRARY, Jonathan. <em>24/7. Capitalismo tardio e os fins do sono</em>. São Paulo: Cosac Naif, 2014.<br />
DIDI-HUBERMAN, Georges. <em>Remontage du temps subi (L’oeil de L’histoire 2)</em>. Paris, Minuit: 2010.<br />
EHMANN, Antje. <em>Harun Farocki:</em> <em>Against What? Against Whom?</em> Walther König: Köln, 2010.<br />
FAROCKI, Harun. <em>Desconfiar de las imágenes</em>. Buenos Aires: Caja Negra, 2013.<br />
FLUSSER, Villém. <em>O universo das imagens técnicas</em>. São Paulo: Annablume, 2008.<br />
STEYREL, Hito. <em>Los condenados de la pantalla</em>. Buenos Aires, Cajá Negra: 2014.<br />
VALIAHO, Pasi. <em>Biopolitical Screens: Image, Power and the Neoliberal Brain</em>. Massachusetts: The MIT Press, 2014.<br />
VIRILIO, Paul. <em>A máquina de visão</em>. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.<br />
WEIZMAN, Eyal. <em>The Politics of Verticality. The West Bank as an Architectural Construction</em>. Open Democracy, 2002.<br />
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-18139053407096054552015-04-13T15:51:00.002-03:002015-04-13T15:51:48.732-03:00Estéticas da Vigilância: arte, tecnologia e política<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Amanhã, na Universidade de Buenos Aires (Faculdade de Ciências Sociais), retomo numa conferência um tema que persigo há alguns anos:
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--></style><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> Estéticas da Vigilância: arte, tecnologia e política. </b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">Coordenadas</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> <a href="http://iigg.sociales.uba.ar/2015/04/02/conferencia-esteticas-de-la-vigilancia-arte-tecnologia-y-politica/" target="_blank">aqui</a>.</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
RESUMO:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Que
estéticas da vigilância podem emergir quando o objeto do olhar vigilante se
torna simultaneamente gigantesco e vestigial? Uma parte expressiva das
tecnologias de vigilância hoje alimentam-se dos rastros de nossas ações no
espaço informacional ou dos rastros de nossos corpos deixados nas câmeras,
sensores, radares e aparatos similares de captura de nossa imagem ou de nossa presença.
Esses rastros e vestígios são capturados em imensas escalas, gerando arquivos
de grandezas inéditas, da ordem de zetabytes de dados. Como ler, ver, analisar
e controlar esse volume de rastros, os quais ultrapassam as capacidades humanas
de apreensão sensorial e cognitiva? Como vigiar um “hiper-objeto”? Que agenciamentos
homem-socius-máquina são aí produzidos?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Este
primeiro conjunto de questões será explorado na leitura de práticas artísticas
contemporâneas que tornam ao mesmo tempo sensíveis e perturbadores tais
processos em curso nos atuais dispositivos de vigilância. Desdobra-se, daí, um segundo
conjunto de questões vinculado a dois tipos de táticas de (in)visibilidade:
aquelas que inventam formas de apagamento, desaparição ou trucagem dos rastros
para escapar dos aparatos de vigilância, e aquelas que buscam tornar visíveis e
legíveis os mecanismos, cada vez mais discretos, que nos monitoram e rastreiam
cotidianamente. Privilegiaremos as táticas de (in)visibilidade engendradas por
trabalhos artísticos recentes que tematizam ou se apropriam de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">drones</i> e de diversos tipos de algoritmo
presentes nos chamados dispositivos de ‘vigilância inteligente’ (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">smart surveillance</i>).</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-37446079620384349912014-02-11T09:28:00.001-03:002015-01-29T09:46:30.704-03:00 Contra-atacar a vigilância em massa: #TheDayWeFightBack<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25lKEqIOYA_zkg9cBRTaX2s6LUJWXwIq5wfNR5ySBV7Wshe_yIK_tgYx87MErZhkd_SlDGmsAjGgOcJGTp7uiaKp8lIdrp8nXDaKQGAqn_IGAAvaCkWHT8467I-xzkL0VWNkMyjOIxkc/s1600/banner.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg25lKEqIOYA_zkg9cBRTaX2s6LUJWXwIq5wfNR5ySBV7Wshe_yIK_tgYx87MErZhkd_SlDGmsAjGgOcJGTp7uiaKp8lIdrp8nXDaKQGAqn_IGAAvaCkWHT8467I-xzkL0VWNkMyjOIxkc/s1600/banner.png" height="235" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Milhares de websites de diversas partes do
mundo protestam juntos hoje, dia 11 de fevereiro, contra a vigilância em massa. <a href="https://thedaywefightback.org/international/" target="_blank">Participe do #TheDayWeFightBack</a> ! Mais informações no <a href="http://antivigilancia.tk/wiki/o_dia_que_contra-atacamos/inicio">site em português</a> e no <a href="https://thedaywefightback.org/">site da campanha internacional</a>. Internet sem vigilância, urgente!Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-90376613947503617362014-01-28T07:52:00.000-03:002015-01-29T09:49:12.534-03:00Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade<style>
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<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJmAeKSDQ0ybzxl_-2IvmbUAd-trsQDBIecAG3i2VO8RfLDHM0bFe1fKEn6Zael-_6ourzUEe7lWUPEndFNhcKgxqkKLau3GpCiSE20_yllBVnPWn0ZdHGu8e4JyRZfHHYAjKkjZt3hCw/s1600/Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJmAeKSDQ0ybzxl_-2IvmbUAd-trsQDBIecAG3i2VO8RfLDHM0bFe1fKEn6Zael-_6ourzUEe7lWUPEndFNhcKgxqkKLau3GpCiSE20_yllBVnPWn0ZdHGu8e4JyRZfHHYAjKkjZt3hCw/s1600/Capa.jpg" height="320" width="211" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O livro <a href="http://www.editorasulina.com.br/detalhes.php?id=625" target="_blank">Máquinas de ver, modos de ser: vigilância, tecnologia e subjetividade</a> (Sulina, 2013) está disponível em <a href="http://medialabufrj.net/download/maquinas-de-ver-modos-de-ser.pdf" target="_blank">PDF para download</a> por período
limitado: até o fim de fevereiro. O livro incorpora alguns posts deste
blog, que acompanhou parte da pesquisa que ainda prossegue aqui e em outros
escritos. Boa leitura!</div>
</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-17755758248350056212013-09-20T08:46:00.000-03:002015-01-29T09:49:31.202-03:00Quem tem medo de Paranoia?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://issuu.com/editora3/docs/select_13_desgustacao_2?e=1818451/4279538" target="_blank"><img alt="http://issuu.com/editora3/docs/select_13_desgustacao_2?e=1818451/4279538" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPwKSHDYgcSNkVsTKU54Ow_HNjKuFtHB8xusmNFZeArtUy5ewidTaVaG0hi3a38LdhOdWsxg0bA_aSVMY3HG5KE0sJqbDpYqB6aLP1EjV64uEUEAey1o1rzaksEiVBPW8BRNwIlHqdaSQ/s1600/page_1_thumb_large.jpg" height="320" width="261" /></a></div>
<br />
Um prazer colaborar com este ótimo número 13 da Revista seLecT, dedicado à paranoia. O pequeno texto fala da vigilância como modo patológico de defesa e partiu da pergunta, colocada pela revista: Afinal, a <span class="il">paranoia</span> é trava ou estímulo para a criação?<br />
O texto pode ser lido clicando na imagem abaixo. Todo o número está <a href="http://issuu.com/editora3/docs/select_13_desgustacao_2" target="_blank">disponível online</a>. Recomendo também o ótimo texto da Giselle Beiguelman e da Paula Alzugaray.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://issuu.com/editora3/docs/select_13_desgustacao_2/41?e=1818451/4279538" target="_blank"><img alt="http://issuu.com/editora3/docs/select_13_desgustacao_2/41?e=1818451/4279538" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieuPnhN72tfWigB_FNEDnpd7xna5oLz3GX9CyKHbSb6AIILrqrfWK9NenDqdXEEwRZhT59US71RxofOFbO16IvlZMLeaXwhVTsA4qLQUha670G9byMvE2KbxV88pVQv3J2taCU9J33kOk/s1600/Captura+de+Tela+2014-01-26+a%CC%80s+18.05.09.png" height="242" width="400" /></a></div>
<br />
<br />Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-8805993006316714672013-09-01T11:37:00.000-03:002015-01-29T10:12:22.786-03:00Cartografia de Controvérsias, com Tommaso Venturini: conferência e oficina no MediaLab.UFRJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6tp2HbNLrodFHrBB8WyRNxEBQ8WDhG8tEHwF80Wh7J3ACyhPcFqinC8HwwIPaapB21PCph6CuNHILcucKkJufkXiwhx147Rb3GuDi3fn4fU9rSYmf4HN8VxGA8NG5NRottj8Sluw9MU/s1600/cartaz_medialab4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6tp2HbNLrodFHrBB8WyRNxEBQ8WDhG8tEHwF80Wh7J3ACyhPcFqinC8HwwIPaapB21PCph6CuNHILcucKkJufkXiwhx147Rb3GuDi3fn4fU9rSYmf4HN8VxGA8NG5NRottj8Sluw9MU/s400/cartaz_medialab4.jpg" height="400" width="282" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Entre os dias 26 e 30 de agosto, o pesquisador <a href="http://www.medialab.sciences-po.fr/people/tommaso-venturini/" target="_blank">Tommaso Venturini</a> (médialab, Sciences Po, Paris) coordenou uma oficina sobre Cartografia de Controvérsias no <a href="http://medialabufrj.net/" target="_blank">MediaLab.UFRJ</a>. Ao longo da oficina, Venturini apresentou as bases teóricas, as ferramentas e os princípios metodológicos da Cartografia de Controvérsias, em boa parte inspirados na Teoria Ator-Rede.<br />
Participaram da oficina pesquisadores e alunos de diversas universidades (UFRJ, UFES, PUC PR e PUC RJ) que, reunidos em grupos, testaram alguns dos princípios e ferramentas da Cartografia de Controférsias com os seguintes temas: Marco Civil da Internet brasileira; Vandalismo nos protestos políticos recentes no Brasil; Violência Policial; Mídia Ninja e CPI dos Ônibus no Rio de Janeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
O evento, que contou também com uma <a href="http://medialabufrj.net/2013/09/video-da-conferencia-com-tommaso-venturini-the-actor-network-method-lessons-from-controversy-mapping/">conferência</a>
de Tommaso Venturini no dia 23 de agosto de 2013, foi organizado pelo
MediaLab.UFRJ, Labic/UFES e CiberCult/UFRJ, com apoio do CNPq, Capes e
Faperj.</div>
<div style="text-align: justify;">
No site do MediaLab.UFRJ, estão disponíveis os <a href="http://medialabufrj.net/2013/10/cartografia-de-controversias-com-tommaso-venturini/" target="_blank">slides da oficina</a> e o <a href="http://medialabufrj.net/2013/09/video-da-conferencia-com-tommaso-venturini-the-actor-network-method-lessons-from-controversy-mapping/" target="_blank">video da conferência</a>. </div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-31573238711600619832013-08-15T10:57:00.000-03:002014-01-15T11:02:00.355-03:00Dados de eleitores brasileiros nas mãos da Serasa?Uma parceria infeliz entre o Tribunal Superior Eleitoral e a Serasa previa o repasse de dados de eleitores para esta empresa, violando seriamente a salvaguarda de dados pessoais dos brasileiros. Felizmente, o convênio anunciado foi anulado e despertou algumas reações da sociedade civil. Abaixo, trecho da nota crítica ao convênio, publicada pela <a href="http://www.labjor.unicamp.br/vigilancia/" target="_blank">LAVITS</a> - Rede latino-americada de estudos sobre vigilância, tecnologia e sociedade.<br />
<br />
<a href="http://www.labjor.unicamp.br/vigilancia/?p=665&lang=pt" target="_blank"><b>Lavits critica convênio TSE-Serasa e pede mais rigor no trato de dados pessoais</b></a><br />
O grupo Lavits (Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade), que reúne pesquisadores e ativistas interessados na questão do uso de dados pessoais e privacidade, recebeu com surpresa e assombro a notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou convênio para entrega de dados pessoais de eleitores brasileiros ao Serasa. Embora informações mais recentes dêem conta de que nenhum dado foi ainda compartilhado com a instituição de crédito, a assinatura do convênio demonstra quebra de uma relação de confiança estabelecida com o TSE. Não somente o tribunal eleitoral mas todo o Estado brasileiro precisa estabeler padrões adequados e discutir com a sociedade políticas de salvaguarda dos dados pessoais dos cidadãos<a href="http://..../">....</a><a href="http://www.labjor.unicamp.br/vigilancia/?p=665&lang=pt" target="_blank">http://www.labjor.unicamp.br/vigilancia/?p=665&lang=pt</a>Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-5423376831349914652013-06-23T09:23:00.000-03:002015-01-29T10:12:26.402-03:00Big Brother e Big Data: Snowden, NSA e vigilância para as massas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsIcIebZsGmCZ0f7slZQNsih1UMXNNALNj5FDGrW9EzoWyMc_7Z6dDd7IH3NwG-VB7Kwugfw5uNXD_N1ZMjd_ZSCSGV41CNckUchvXTERmPQX0n2NaiugAInrmka2qL6X4wfwrwLal-bI/s1600/Obama-NSA-yes-we-scan.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsIcIebZsGmCZ0f7slZQNsih1UMXNNALNj5FDGrW9EzoWyMc_7Z6dDd7IH3NwG-VB7Kwugfw5uNXD_N1ZMjd_ZSCSGV41CNckUchvXTERmPQX0n2NaiugAInrmka2qL6X4wfwrwLal-bI/s400/Obama-NSA-yes-we-scan.png" height="400" width="293" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Pelas mãos de Edward Snowden, chega aos nossos olhos e ouvidos o que talvez seja o maior vazamento envolvendo aparatos estatais de vigilância sobre governos e populações. Publiquei ontem no Prosa & Verso (O Globo) um artigo sobre o tema, reproduzido abaixo e também <a href="http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/06/22/internet-territorio-privilegiado-da-vigilancia-de-massa-500790.asp" target="_blank">disponível no site</a> do caderno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
Prosa & Verso, O Globo, 22.06.2013</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://oglobo.globo.com/blogs/prosa/posts/2013/06/22/internet-territorio-privilegiado-da-vigilancia-de-massa-500790.asp" target="_blank"><b>Internet, território privilegiado da vigilância de massa </b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Capacidade das empresas da internet de acumular informações sobre os usuários alimenta uma discussão que vai da segurança nacional a economia de dados</i></span><br />
<br />
<b>Por Fernanda Bruno</b><br />
<br />
A imagem é familiar: na mira de aparatos de vigilância onipresentes, indivíduos têm cada uma de suas ações rastreadas e monitoradas por serviços secretos americanos. Perdemos a conta das vezes em que vimos tal cenário distópico nos filmes de Hollywood. A ficção nos habituou a uma imagem da vigilância estatal que a realidade vem, contudo, superar. Os recentes documentos divulgados pelo jornal britânico “The Guardian” mencionam um programa de vigilância da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos que, diferentemente da maior parte da ficção hollywoodiana, não se volta para alvos suspeitos ou culpados, mas para uma massa difusa de indivíduos e seus dados pessoais na Internet. Segundo os documentos, o programa PRISM permite que a NSA tenha acesso direto a servidores de grandes empresas da internet, sendo assim capaz de monitorar comportamentos de seus usuários em escala global. As empresas citadas — Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube, Apple — fazem parte do cotidiano de bilhões de internautas e possuem dados extremamente sensíveis sobre seus hábitos, desejos e preferências em diversas esferas: pessoal, política, religiosa, econômica etc. Curiosamente, as redes digitais de comunicação distribuída, ditas pós-massivas, se tornam o território privilegiado da vigilância de massa.<br />
<br />
Ainda que as declarações das instâncias envolvidas busquem minimizar o potencial de violação de direitos civis em jogo, o problema está posto. De fato, ele é apenas a face mais recente de uma série de ações e programas há muito em curso. Por parte do governo americano, desde os atentados de 11 de setembro de 2001, uma série de programas e leis vêm criando zonas de exceção que autorizam o monitoramento de dados e comunicações da população civil, sob a justificativa do combate ao terrorismo (Patrioct Act, 2001 e 2006; Waranteless Domestic Surveillance Program, 2001; Total Information Awareness Program, 2002; Foreign Intelligence Surveillance Court, 2007). Uma das peculiaridades do PRISM, ativo desde 2007, seria a sua aliança com as corporações privadas na internet, implicando uma mudança não só quantitativa, mas também qualitativa no acesso aos dados pessoais de internautas, uma vez que, segundo os documentos, a NSA teria acesso não simplesmente aos metadados das navegações (horário e local de conexão, por exemplo), mas também aos seus conteúdos (histórico de buscas, conteúdo de emails, transferência de arquivos etc).<br />
<br />
Embora esta aliança seja até o momento negada em uníssono pelas empresas mencionadas, os documentos colocam em pauta uma lógica da vigilância cada vez mais comum ao Estado e ao setor privado. Um aspecto desta lógica está relacionado às promessas do chamado “Big Data”. O termo designa uma nova grandeza informacional que procede tanto do aumento da capacidade de estocagem como da emergência de um novo tipo de saber que tais volumes de dados gerariam. A suposição é a de que quantidades massivas de dados, submetidas a procedimentos algorítmicos apropriados, revelariam regras inscritas em suas correlações, permitindo projetar padrões de comportamento e intervir no curso das ações de inúmeros indivíduos, de modo a conjurá-las, quando indesejadas, ou incitá-las, se forem bem-vindas. Trata-se de um modelo polivalente. Pode-se extrair, por exemplo, padrões de intenções de voto, de consumo ou de atentados terroristas, contanto que se trabalhe com imensas e heterogêneas bases de dados. Se estes dados forem fornecidos pelos próprios indivíduos, como é o caso de boa parte da internet, tanto melhor. A sedução do modelo que já faz a fortuna das empresas citadas no documento consiste em seus poderes pretensamente preditivos. O monitoramento em massa de ações no presente, juntamente com a análise das correlações entre elas, permitiria estimar probabilidades de ocorrência de ações futuras.<br />
<br />
Este modelo, já conhecido para nos ofertar produtos, links e serviços, é apropriado pelo aparato de vigilância estatal indiscriminada sobre internautas, sem que estes tenham conhecimento. No primeiro caso, trocamos informações sobre nossos modos de vida pelo uso de plataformas e serviços na internet. Sabemos que eles nos transformam em produtos de seus negócios, e ao mesmo tempo acreditamos que podem ser apropriados em outras direções sociais, políticas e econômicas. No segundo caso, as questões relativas à privacidade e aos dados pessoais mudam de escala e gravidade. No âmbito local, é urgente a votação de leis brasileiras que assegurem nossos direitos civis na internet, bem como a proteção de dados pessoais (o Marco Civil da Internet e a Lei de Proteção de Dados Pessoais). Em escala global, o fantasma do “Big Brother” se transmuta nas promessas do “Big Data”, criando uma agenda que atravessa tanto a segurança nacional quanto a economia de dados; tanto a publicidade direcionada quanto o combate ao terrorismo. Agenda que prescreve tacitamente, sob alegados e incertos poderes de prevenir males futuros, um presente de vigilância para todos.<br />
<br />
<b>Fernanda Bruno é professora do Instituto de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ</b></div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-14079273534792961572013-03-27T23:11:00.000-03:002015-01-29T10:12:30.732-03:00Contramanual para câmeras inteligentes<div style="text-align: justify;">
Em tempos de tecnologias "inteligentes" - smartphones, smart cars, smart drones, smart cameras, é preciso escrever contramanuais.</div>
Minha modesta contribuição com um "<a href="http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/9807/9426">Contramanual para câmeras inteligentes: vigilância, tecnologia e percepção</a>" (<a href="http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/issue/view/834/showToc">Galaxia</a>, n. 24).<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAudNatpygJvGcqN5yHg0wP7e52QHmQpsLq0iXwwz9kkurMQVy84xDgucxHl-N2Tu5fqACC3jgAtqUkWpVCh5J-uzoYTCKM7gm1AO3TeRS8yF3MGuliooQbR9WI9kRhgtzoIVuZwtWREA/s1600/silhouete.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAudNatpygJvGcqN5yHg0wP7e52QHmQpsLq0iXwwz9kkurMQVy84xDgucxHl-N2Tu5fqACC3jgAtqUkWpVCh5J-uzoYTCKM7gm1AO3TeRS8yF3MGuliooQbR9WI9kRhgtzoIVuZwtWREA/s1600/silhouete.png" /></a></div>
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"...o programa de uma tecnologia não coincide com o diagrama ao qual ela pertence ... de modo que a análise do primeiro deve tornar visível elementos que compõem o segundo. É neste sentido que o texto deve servir como um contramanual, no qual se lê a um só tempo as funcionalidades do programa e as relações de força presentes no diagrama: suas declaradas qualidades e seus perigos; sua lógica de funcionamento e os conflitos que a atravessam; sua alegada eficácia e suas falhas; suas ações e as táticas ou críticas que se lhe opõem." (Fernanda Bruno, p. 49)</div>
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Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-107971019484008442012-11-18T15:35:00.000-02:002012-11-18T15:35:10.785-02:00Harun Farocki e a Política das Imagens<br />
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<img border="0" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsJ2maDWKG9qYn43DLky0juzil8fUobIqmYCXHKTE5VwSRUqyjsGf3rNT17b-xynfiydl4Ay-wQiWhL9IAeqrCnaHcgXcW1Jxofl7_ZIUoXU1XOb3d0DyO3gjmiDnKVeNykEP_YmorUVo/s400/farocki_web_wp_front1.jpg" width="400" /></div>
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Convidamos a todos para o evento <a href="http://harunfarockieapoliticadasimagens.wordpress.com/" target="_blank">Harun Farocki e a Política das Imagens</a>.<br />
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Diálogos, olhares, reflexões e experiências em torno da obra de Harun Farocki e seus temas: imagem, olhar, máquinas, guerra, trabalho, revolução, política, vida, controle, consumo, entre outros.<br />
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O evento compreende duas conferências de Harun Farocki, uma mostra de seus filmes, acompanhada de um curso com especialistas em sua obra, e uma oficina em parceria com a artista Antje Ehmann.<br />
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Este evento é mais uma realização do Museu de Arte do Rio, através de seu programa “MAR na Academia”, em parceria com a UFRJ (EBA/PPGAV, MediaLab.UFRJ, ECO-PÓS), a UFF (Departamento de Cinema e Vídeo, Laboratório Kumã), o Instituto Goethe, a Cinemateca do MAM/RJ, o Centro de Artes Hélio Oiticica e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro.<br />
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Organização: Fernanda Bruno (MediaLab.UFRJ) e Tadeu Capistrano (PPGAV/UFRJ).<br />
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Programação completa no <a href="http://harunfarockieapoliticadasimagens.wordpress.com/" target="_blank">site</a> do evento. Acompanhe também a página no Facebook.<br />
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<a href="http://harunfarockieapoliticadasimagens.wordpress.com/" target="_blank">http://harunfarockieapoliticadasimagens.wordpress.com/</a>Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-67991069005215607382012-11-18T15:02:00.001-02:002012-11-18T15:36:57.585-02:00MediaLab.UFRJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://medialabufrj.wordpress.com/" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" height="171" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy3y63Dzjz6x8x9uO7vnOu8kLcSe9Ol1QuVpwcoYGuZsi5z3raR2ZHPp0MILAxYZOzbC9JLolVFA1I8B1mk_HbwwYNIMa_coKhyOa5b5IgZ0f6LNVGkAfAfICGdbjbi8gFc-GKK0jW6KA/s400/header_BLOG.jpg" width="400" /></a></div>
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Um laboratório experimental de pesquisa talvez seja a primeira e melhor definição do MediaLab.UFRJ. Certamente, é uma definição relativamente imprecisa, como o termo "experimental" quer dizer neste caso. Não a prática laboratorial consagrada pela ciência moderna, também chamada 'experimental', mas o laboratório que se torna possível a partir dos limites deste modelo de conhecimento e da rachadura das fronteiras que o constituíam. Um laboratório como lugar de experimentação de mídias, dispositivos e métodos para a produção de conhecimento. Produção que não pode estar separada da sua divulgação, compartilhamento e distribuição. Com esta perspectiva, estamos elaborando duas plataformas iniciais: Cartografia de Controvérsias e Livro Livre. Nossos 'campos' de investigação são o heterogêneo território das humanidades e das redes sociotécnicas. Visite o <a href="http://medialabufrj.wordpress.com/" target="_blank">blog do MediaLab.UFRJ</a> para acompanhar as pesquisas em curso.</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-35170493831598400462012-10-13T18:56:00.001-03:002015-01-29T10:12:35.696-03:00Aula Inaugural no Instituto de Psicologia/UFRJ<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicgq4_DPaN7kYeuyrzEZiFTrRDWJgseuWDq_9TezzReZSLfFcC0uypYToYjQekBotAFuATWTJWEiabe6vuvm-tUdaSHiEXCL-RFv4rG2xpK2YvWNQ3S7o-xzpqeCTsf-Zxso-w7X7v4jg/s1600/mi_4177267380450872.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicgq4_DPaN7kYeuyrzEZiFTrRDWJgseuWDq_9TezzReZSLfFcC0uypYToYjQekBotAFuATWTJWEiabe6vuvm-tUdaSHiEXCL-RFv4rG2xpK2YvWNQ3S7o-xzpqeCTsf-Zxso-w7X7v4jg/s320/mi_4177267380450872.jpg" height="320" width="219" /></a></div>
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Revendo e coletando imagens do Hospício Nacional dos Alienados para a aula inaugural que darei esta semana no Instituto de Psicologia da UFRJ. É fascinante o aspecto espectral dos loucos nessas imagens. Tenho a sensação de que não terei habitado esse lugar onde estudo, leciono e vivo desde 1987 enquanto não for capaz de escrever sobre essas imagens, sobre o assombro e fascínio que elas me causam, sobre as vidas infames que elas encerram e que parecem ainda querer fugir delas.</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-63067426123471319132012-06-21T22:11:00.003-03:002012-06-21T22:20:22.812-03:00Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade e<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcAqkCesCzmlP1zqru_S6Fa1CLHcKSGOMttadKE6EU1xY4t-MkQK5bz6-awmu6wqDW8csiJtf_cd0Zk2nG-yTSMJDoBnzlbIkw08n1AVtFo_WE_BVKIBUSjZZHJi8QZAR48v4Wr-G1hNo/s1600/REDE+LASSN.tiff" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="71" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcAqkCesCzmlP1zqru_S6Fa1CLHcKSGOMttadKE6EU1xY4t-MkQK5bz6-awmu6wqDW8csiJtf_cd0Zk2nG-yTSMJDoBnzlbIkw08n1AVtFo_WE_BVKIBUSjZZHJi8QZAR48v4Wr-G1hNo/s400/REDE+LASSN.tiff" width="400" /></a></div>
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A Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade foi criada em 2009 com o objetivo de fomentar intercâmbios e divulgação de pesquisas na América Latina sobre os temas que dão título à rede. Está on-line o <a href="http://www.labjor.unicamp.br/vigilancia/" target="_blank">site</a> da rede, onde há infomações sobre publicações, projetos, eventos, pesquisadores etc. Participações e parcerias são bem vindas!Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-66925470999327500842012-06-21T16:41:00.002-03:002012-06-21T17:01:42.459-03:00Simpósio Internacional A Vida Secreta dos Objetos: Medialidades, Materialidades, Temporalidades<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJbY1AkS2SBgBjSJCSWgvq0NFO4azL2Ni72attPkUmaEPhxejT7w1_y4NfQcHnnQGAjGEg7kZtBg4ou3YxWjInifXD5wFov8tDiCDF25yGdGiKCmelvb9n0rV4v5bMa6nO4ytuZkDiAQ/s1600/cropped-vso_header_wp.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="115" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJbY1AkS2SBgBjSJCSWgvq0NFO4azL2Ni72attPkUmaEPhxejT7w1_y4NfQcHnnQGAjGEg7kZtBg4ou3YxWjInifXD5wFov8tDiCDF25yGdGiKCmelvb9n0rV4v5bMa6nO4ytuZkDiAQ/s400/cropped-vso_header_wp.jpg" width="400" /></a><br />
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Os objetos tem uma vida secreta, clandestina, desprezada por boa parte das ciências humanas e sociais, com louváveis exceções que felizmente vêm se ampliando nos últimos 30 anos. O <a href="http://vidadosobjetos.com/" target="_blank">Simpósio “A Vida Secreta dos Objetos: Medialidades, Materialidades, Temporalidades”</a> coloca em discussão a clandestinidade dos objetos no âmbito dos estudos em "humanidades" e acontece de 01 a 03 de agosto no MAM do Rio de Janeiro, com edições em São Paulo (30-31 de julho), Salvador (6 de agosto) e Fortaleza (7 e 8 de agosto). Veja abaixo a lista dos participantes no Rio de Janeiro e detalhes da programação no <a href="http://vidadosobjetos.com/" target="_blank">site</a> do evento.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz7MzvbSilgbPTwJWTH7ILz2TeXu3qaaTqQuSSMILqmgwjglmdfYe4WhhrEB-ckdfNunRF9nPvL2djtbtrn1CADrBHWg3CtIpfsmOxtQU_0dTLLayfAXLkAnR2tLwoZ78BqkSRUJH8Mxc/s1600/vso_palests_lat_dir3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz7MzvbSilgbPTwJWTH7ILz2TeXu3qaaTqQuSSMILqmgwjglmdfYe4WhhrEB-ckdfNunRF9nPvL2djtbtrn1CADrBHWg3CtIpfsmOxtQU_0dTLLayfAXLkAnR2tLwoZ78BqkSRUJH8Mxc/s320/vso_palests_lat_dir3.jpg" width="119" /></a><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj6W5e2_7TM1zF__LJFYgv1JNfOf93RUElpPlTPT1HNj46ATZl4TqsreRl8oyNJqHVTnWFdeKFFmTctr64w8c36QUw8UkEeV48nY5djZ2LB26cwTq-hxiMdJfCRt3Qh9kmZ7Mgl851YB8/s320/vso_banner_web-wp.jpg" width="183" /></div>
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<br />Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-78981174870747478712012-05-12T12:28:00.000-03:002012-05-12T12:30:50.073-03:00Uniformes inteligentes: vigilância e educação<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE7yGx0tSIeXxLSfK6DCmvJKsGIa-h9Bdyz_DhsX3yADHOM1jR_RjZS_W6i2vol3NSRz998YoEf0vMtxtBgHH5r_cKSdztShIHd3L9YzYmzd3nuTOhg8yqnGVbMCQZbeN1_Szm68I_cjA/s1600/uniformes-inteligentes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE7yGx0tSIeXxLSfK6DCmvJKsGIa-h9Bdyz_DhsX3yADHOM1jR_RjZS_W6i2vol3NSRz998YoEf0vMtxtBgHH5r_cKSdztShIHd3L9YzYmzd3nuTOhg8yqnGVbMCQZbeN1_Szm68I_cjA/s320/uniformes-inteligentes.jpg" width="320" /></a></div>
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Recentemente, a prefeitura de Vitória da Conquista, Bahia, anunciou que os uniformes escolares da rede municipal seriam monitorados por etiquetas de rádio-frequência, de modo a notificar automaticamente os pais dos alunos no caso de ausência. Conform a matéria no <a href="http://www.pmvc.com.br/v1/noticia/9083/Prefeitura-lanca-novo-uniforme-da-Rede-Municipal-de-Educacao-na-proxima-terca-feira-20.html" target="_blank">site da prefeitura</a>: "As escolas municipais de Vitória da Conquista são as primeiras do Brasil a adotar o fardamento que facilita a comunicação entre as unidades de ensino e as famílias". A revista <a href="http://www.comciencia.br/comciencia/?section=3&noticia=746" target="_blank">ComCiência</a> do Labjor/Unicamp me entrevistou numa <a href="http://www.comciencia.br/comciencia/?section=3&noticia=746" target="_blank">matéria</a> sobre o tema. Reproduzo a entrevista na íntegra.</div>
<b>1. ComCiência: </b>Qual a sua opinião sobre este fato?<br />
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<b>Fernanda Bruno:</b> O fato merece discussão. Na realidade, o uso de etiquetas RFID em uniformes escolares vem ampliar a presença crescente de tecnologias de vigilância e controle nas escolas. Projetos de lei requerem câmeras de vigilância em creches e escolas públicas. No setor privado, há creches que oferecem, entre suas “qualidades e serviços”, o uso de vídeo-vigilância com transmissão direta aos pais. Fora do Brasil, no Reino Unido por exemplo, já há experiências-piloto com uso de rfid em uniformes escolares.</div>
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Todos sabemos que a escola tradicionalmente utiliza uma série de técnicas e procedimentos para controlar seja o comportamento, seja a presença, seja o tempo, seja o desempenho dos alunos: inspetores, cadernetas, avaliações, campainhas, filas, exercícios. Estes procedimentos já estiveram inseridos num projeto disciplinar que orientou boa parte da pedagogia escolar durante anos. A escola vem passando por uma série de reformas e crises em todo o mundo e uma questão que eu endereçaria às instituições escolares é acerca do projeto educacional que sustenta tais medidas. Esta questão me parece importante porque, ao menos no material publicitário e jornalístico sobre o tema, tais dispositivos são em geral tratados como instrumentos neutros sem qualquer efeito além daqueles previstos pelas “boas intenções” de seus mestres. Assim, além de não se problematizar o vínculo histórico desses dispositivos com mecanismos policiais e/ou militares, não se pergunta sobre o sentido da presença desse gênero de dispositivo na escola. No caso da segurança pública por exemplo, ainda que o uso de câmeras de vigilância também seja questionável, temos alguma idéia acerca do projeto (no caso, de segurança) no qual eles estão inseridos. Mas qual é o projeto pedagógico que justifica inserir tais dispositivos na escola? A pergunta é tão mais relevante quando se pretende com isso “resolver” questões relativas ao comportamento, à presença, à relação da escola com os pais, entre outras. Por exemplo, qual é o sentido educacional e pedagógico de se utilizar câmeras de vigilância como instrumento disciplinar, visando coibir atos de vandalismo ou violência na escola? Por que a escola vê neste dispositivo um método mais interessante – do ponto de vista educacional – do que outros meios tradicionalmente usados? Essas questões indicam a necessidade de haver uma reflexão no plano educacional, pedagógico e não apenas num suposto – e inexistente – plano puramente técnico. É preciso sempre lembrar que esses planos – técnico e educacional – não estão jamais separados e devem ser pensados em suas interseções.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>2. ComCiência:</b> Quais os problemas de se tentar controlar a evasão escolar ou "facilitar a comunicação" entre escolas e pais colocando um código de barras nos uniformes dos alunos?</div>
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<b>Fernanda Bruno:</b> Considerando a questão específica dos chamados “uniformes inteligentes” com indentificação por radiofrequência (RFID), há também uma série de problemas em jogo. Vou me concentrar em apenas um deles, destacado nas matérias que li sobre o tema e retomado na sua pergunta. Um dos argumentos centrais de justificativa deste sistema é o de que as etiquetas RFID no uniforme possibilitariam, além de um controle mais efetivo da frequência dos alunos, uma melhor comunicação entre a escola e os pais que, segundo o site da prefeitura de Vitória da Conquista, poderão acompanhar melhor o dia a dia dos filhos na escola. O chip envia automaticamente uma mensagem ao pai informando que o aluno entrou na escola ou não, caso o aluno não passe pelo sensor até 20 minutos após o horário de entrada.</div>
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Uma primeira questão, mais evidente, é se este sistema de controle é de fato o melhor meio, em termos educacionais, de garantir a frequencia dos alunos na escola. Tenho sérias dúvidas quanto a isso e me parece que outras medidas, anunciadas no mesmo site da prefeitura – como transporte escolar gratuito e universalizado, merenda escolar bem cuidada, bom plano de carreira para os professores – sejam mais interessantes em diversos sentidos.</div>
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Mas o ponto que gostaria de discutir é outro, o da facilitação da comunicação, ou “interação” entre a família e a unidade escolar, para retomar os termos usados pelo site da prefeitura. Parece-me bastante problemático estender aos pais, em tempo real e de forma automatizada, a função de controlar a entrada e permanência dos alunos na escola. Certamente, a escola deve se comunicar com os pais seja em caso de falta, seja no caso de qualquer outro problema relativo ao aluno. Mas o “filtro” da escola, como instituição responsável pela educação escolar, é fundamental. Ou seja, uma coisa é os pais receberem da escola um comunicado que é fruto de uma “leitura” ou uma perspectiva desta instituição acerca de uma ausência, um problema de rendimento, de comportamento, ou qualquer outra questão. Quero dizer que a mediação da escola nessa comunicação é fundamental. Todos sabemos que há muitas maneiras de se “matar aula”, algumas mais e outras menos preocupantes. Cabe à escola avaliar quando e porque deve comunicar algo aos pais e não delegar ao “uniforme inteligente” essa tarefa, que por sua vez, requer dos pais uma vigilância própria a inspetores escolares. Quando o uniforme informa automaticamente e em tempo real a ausência do aluno, quem está fazendo essa mediação é o RFID, requerendo que os pais ajam, em alguma medida, como inspetores escolares, o que é muito problemático. Além disso, a margem de negociação entre os alunos e a escola, margem fundamental para o processo educacional, diminui drasticamente. Comparemos com a caderneta, outro instrumento de controle da frequencia escolar, do comportamento, do desempenho; e também meio de comunicação com os pais. Mas mesmo na disciplinar caderneta, já em desuso em diversas escolas devido à forte e problemática mistura de comunicação e controle nela implicada, ainda há tanto uma margem para a negociação entre o aluno e a escola (quantos de nós, educados em sistemas similares, não negociou com professores ou funcionários notificações na caderneta?), quanto a mediação da escola – o professor, o diretor, o funcionário – na comunicação com os pais. O uniforme inteligente dispensa essas duas vias de negociação e de mediação tão importantes. Algo similar se passa com as escolas infantis que colocam câmeras para que os pais possam acompanhar o dia a dia dos seus filhos e se assegurar de que eles estão sendo bem tratados pelos professores e funcionários. O discurso que busca legitimar essa prática vai desde a feliz oferta de “tudo ver” e “não perder nem um segundo da vida do seu filho” até a aterrorizante garantia de que o seu filho não está sedo maltratado na escola. Mais uma vez, é claro que a escola deve zelar pela segurança das crianças, assim como deve manter diálogo constante com os pais. Esses por sua vez, também precisam ter uma relação de confiança com a escola. Entretanto, não é por meio dessa promessa de “transparência” que essas relações serão garantidas. Confiar, inclusive, implica não ver tudo, não saber tudo, não controlar tudo. É no mínimo inquietante que pais e escolas queiram educar crianças dizendo a elas que só estarão seguras e bem cuidadas se forem todo o tempo controladas e visíveis.</div>
<br />Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-67722207220055274012012-05-12T11:50:00.000-03:002012-05-12T11:50:02.105-03:00Privacidade 2.0: as relações eu-outro nas redes sociais<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="http://www.flickr.com/photos/mburpee/4030741659/" target="_blank"><img border="0" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtQT5Aj1CdHilpbFIeZ5GiXbqrxvkZAk9N0pLAtXMHubgpGLanMBcfKvGF_n1uoqz3KjOj2dUO2K09okgwm6Q8TAPSRwUGlCNBqFE5WvyyzBBvce3lYBLmEOyUdFlIRSMuspW1G2WIzoM/s320/OpenWeb600.png" width="320" /></a></div>
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Na próxima semana, estarei participando do I Seminário do NEIFECS: Clínica de situações contemporâneas e interdisciplinaridade na UFRJ. Farei uma conferência no dia 16/05 às 17h00 na mesa "A relação eu - outro no contemporâneo" e me pediram para explorar, neste domínio, as práticas de exposição do eu e do outro na Internet. Espero postar algumas notas sobre a minha fala adiante, mas aproveito para inserir outras notas, passadas, que surgiram de uma outra demanda em torno deste mesmo tema. No fim de 2010, a <a href="http://www.pontomidia.com.br/raquel/" target="_blank">Raquel Recuero</a> me pediu para dar uns "pitacos" sobre estas práticas de exposição na Internet, levando em conta um incidente envolvendo a divulgação por twitcam de imagens de adolescentes transando.</div>
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Recuperei a "entrevista" que fizemos por e-mail e reproduzo abaixo:</div>
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<br /></div>
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</div>
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Raquel Recuero: Na cultura atual vemos uma valorização do "público": Big Brother com sexo ao vivo, participantes do BBB e VJs da MTV que são famosos em redes sociais, vídeos de sexo de celebridades ... tudo é escancarado, tudo é ao vivo e tudo é público. Ao mesmo tempo, há uma imensa preocupação para com os adolescentes que me parecem, reproduzem esses valores, nesses sites de rede social. Como vês isso?</div>
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Fernanda Bruno: A questão tem muitos caminhos de resposta, pois há inúmeros elementos envolvidos nesse fenômeno de publicização ou exposição da vida cotidiana, íntima, privada etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vou começar pela constatação mais evidente, já anunciada por diversos pesquisadores deste tema: as fronteiras entre o público e o privado estão em deslocamento. Mas o que não é tão evidente é que este deslocamento não é apenas no sentido de publicizar o que antes era resguardado no âmbito privado, mas no sentido de ressignificar esses domínios e, mais importante, pensá-los segundo uma outra topologia. Que topologia seria essa? Uma topologia que não delimita dois pólos (dentro/fora, aberto/fechado, exposto/secreto etc), mas que comporta múltiplas camadas, níveis, escalas. Ou seja: cada vez mais deixamos de pensar a separação público/privado de forma estanque para pensarmos em múltiplos níveis e modos de privacidade, assim como em múltiplos níveis e modos de publicização. Neste sentido, as opções de controle da privacidade/publicidade que encontramos nas redes sociais é uma expressão desta topologia e desta experiência. Regulamos, modulamos a nossa privacidade cotidianamente e selecionamos o que e como desejamos expor (ou não expor) para públicos ou audiências diferentes. Claro que no limite isso sempre existiu (ou melhor, desde que nossa experiência vital, política, institucional e espacial passou a ser orientada segundo essa distinção público/privado), mas agora essa modulação é extremamente corriqueira e intensificada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Essa é a primeira observação mais geral e importante para encaminhar a nossa conversa. Paralelamente e atrelada a essa mudança topológica (que é também uma transformação no modo como experimentamos nossa vida privada e pública), eu adiciono 3 elementos, para ser breve:</div>
<div style="text-align: justify;">
I)<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Vivemos uma sobreposição de sentidos e valorações próprios à convivência de uma cultura da celebridade e do espetáculo (mais antiga, considerando nossa herança mais recente) com a cibercultura. A cultura da celebridade e do espetáculo nos legou um alto apreço pela visibilidade midiática, que, como sabemos, atestava reconhecimento social, afetivo, financeiro etc. Mas fazia parte dessa cultura e desse valor um certo princípio de escassez que de algum modo dizia “imaginariamente” que essa visibilidade midiática era para poucos, para um seleto grupo de eleitos. A cibercultura vem bagunçar esse regime de visibilidade e introduz outras formas, dispositivos, alcances para a visibilidade, agora supostamente “para todos”, mas não da mesma forma nem com o mesmo sentido e alcance. O interessante da cibercultura é que ela acolhe diferentes regimes de visibilidade, e nela há tanto a reprodução da visibilidade midiática tradicional e sua lógica da celebridade, quanto outras vias de visibilidade cujas ações coletivas, políticas, cognitivas, estéticas escapam dessa lógica e, muitas vezes, até se fundam no anonimato dos agentes ou atores em jogo. Mas no tipo de fenômeno que você apontou, vejo nele um “locus” onde a cultura da celebridade e a possibilidade de produção, emissão e distribuição de conteúdo pelo usuário comum se retroalimentam. Creio que muitos adolescentes usam as novas mídias segundo essa lógica, buscando uma visibilidade que ateste um pertencimento social e afetivo que mimetizam de algum modo a celebridade. E no âmbito das redes sociais e da cibercultura, parte dessa visibilidade e desse pertencimento se conquista pela exposição (maior ou menor, segundos os níveis e camadas de que falei) da privacidade e da intimidade. Ou seja, vemos aqui a exposição seletiva da intimidade como motor de sociabilidade. O que também vemos em talks shows e reality shows na mídia de massa (embora os níveis de seleção, reconhecimento e pertencimento variem). Concluindo esse ponto, um dos elementos presentes nos fenômenos de publicização que você apontou está relacionado a essa sobreposição da lógica da celebridade com a lógica da sociabilidade pautada pela publicização seletiva (modulada, editada) da intimidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
II)<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Um segundo elemento concerne à expectativa de exposição pública presente nas redes sociais (e outras plataformas digitais) ou em situações/ambientes que impliquem alguma forma de registro audiovisual (o que se tornou quase que onipresente com os nossos dispositivos móveis c/ câmera e áudio acoplados). Dentro dos padrões “convencionais” de um espaço que se entende público (praça, rua), as pessoas têm uma idéia relativamente clara e muito ancorada no contexto e na situação (no aqui e agora) do grau de exposição a que estão sujeitas – e modulam suas ações tendo em vista essa exposição. A expectativa de exposição é, neste caso, relativamente coerente com os limites daquele espaço. Nas redes sociais, essa expectativa de exposição é mais difícil de se estabelecer e muitas vezes não coincide com a exposição a que de fato se está sujeito. Os tais controles de privacidade nas redes sociais são de algum modo uma tentativa de “concretizar” essa expectativa (o problema é que eles nem sempre são muito evidentes nem simples de manejar, o que faz com que muitos não os usem, como mostram certas pesquisas). O mesmo acontece no caso das festas e situações sociais com inúmeros celulares presentes. Toco neste ponto por conta do caso da transmissão via twitcam de sexo entre adolescentes que mencionou. A expectativa de exposição da intimidade de alguns dos “atores” presentes parece não ter incluído este transbordamento para as mídias sociais, o que torna o caso muito cruel e grave do ponto de vista ético. Que adolescentes tenham prazer em serem filmados e testemunhados por amigos enquanto transam não significa que eles desejem ser vistos por milhares de pessoas, por seus pais, professores, uma cidade inteira etc. Aí o problema ético é o da exposição do outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
III)<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O último elemento toca neste prazer em ver e ser visto. Acho importante perceber que não há apenas um mimetismo da celebridade, mas há uma excitação e um erotismo nessa troca social apimentada por exposições moduladas da intimidade. Ver pitadas da intimidade do outro e ser visto em sua intimidade é hoje uma das “zonas erógenas”, para retomar um termo psicanalítico, da sociabilidade contemporânea. Não há nada de novo aí, mas agora isso se tornou mais visível e cotidiano e há ainda poucas pesquisas sobre o tema no âmbito das redes sociais. Mas, importante, é preciso não confundir esse desejo e essa excitação positivamente experimentada com um desejo de ser exposto a uma publicização que não se escolheu, o que é muito grave.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.pontomidia.com.br/raquel/" target="_blank">Raquel</a> retoma partes desta entrevista no texto <a href="http://dmlcentral.net/blog/raquel-recuero/teens-social-media-and-celebrity-anatomy-incident" target="_blank">Teens, Social Media, and Celebrity: Anatomy of an Incident</a> publicado no <a href="http://dmlcentral.net/" target="_blank">DMLCentral</a>.<br />
<br />
A imagem deste post reproduz a do <a href="http://dmlcentral.net/blog/raquel-recuero/teens-social-media-and-celebrity-anatomy-incident" target="_blank">artigo</a> citado. Image Credit: http://www.flickr.com/photos/mburpee/4030741659/</div>
<div>
<br /></div>Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-90505248503854181692012-05-12T09:32:00.001-03:002012-05-12T09:35:55.762-03:00A materialidade dos enunciados: Foucault e Teoria Ator-Rede<br />
<div style="text-align: justify;">
Um das minhas aulas no curso <a href="http://dispositivodevisibilidade.blogspot.com.br/2012/05/vida-secreta-dos-objetos-tecnologia.html" target="_blank">"A vida secreta dos objetos: tecnologia, cognição e materialidades da comunicação"</a> se propôs a estabelecer um diálogo entre Foucault e a Teoria Ator-Rede. Abaixo, um trecho de A arqueologia do Saber (Foucault, 1987) sobre a materialidade dos enunciados:</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
"Poderíamos falar de enunciado se uma voz não o tivesse enunciado, se uma superfície não registrasse seus signos, se ele não tivesse tomado corpo em um elemento sensível e se não tivesse deixado marca - apenas alguns instantes - em uma memória ou em um espaço? Poderíamos falar de um enunciado</div>
<div style="text-align: justify;">
como de uma figura ideal e silenciosa? O enunciado é sempre apresentado através de uma espessura material, mesmo dissimulada, mesmo se, apenas surgida, estiver condenada a se desvanecer. Além disso, o enunciado tem necessidade dessa materialidade; mas ela não lhe é dada em suplemento, uma vez bem estabelecidas todas as suas determinações: em parte, ela o constitui. Composta das mesmas palavras, carregada exatamente do mesmo sentido, mantida em sua identidade sintática e semântica, uma frase não constitui o mesmo enunciado se for articulada por alguém durante uma conversa, ou impressa em um romance; se foi escrita um dia, há séculos, e se reaparece agora em uma formulação oral. As coordenadas e o status material do enunciado fazem parte de seus caracteres intrínsecos."</div>
<div style="text-align: justify;">
...</div>
<div style="text-align: justify;">
"Essa materialidade repetível que caracteriza a função enunciativa faz aparecer o enunciado como um objeto específico e paradoxal, mas também como um objeto entre os que os homens produzem, manipulam, utilizam, transformam, trocam, combinam, decompõem e recompõem, eventualmente destroem. Ao invés de ser uma coisa dita de forma definitiva - e perdida no passado, como a decisão de uma batalha, uma catástrofe geológica ou a morte de um rei -, o enunciado, ao mesmo tempo que surge em sua materialidade, aparece com um status, entra em redes, se coloca em campos de utilização, se oferece a transferências e a modificações possíveis, se integra era operações e em estratégias onde sua identidade se mantém ou se apaga. Assim, o enunciado circula, serve, se esquiva, permite ou impede a realização de um desejo, é dócil ou rebelde a interesses, entra na ordem das contestações e das lutas, torna-se tema de apropriação ou de rivalidade."</div>Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-41964345789640407442012-05-12T09:08:00.001-03:002012-05-12T09:13:01.517-03:00A vida secreta dos objetos: tecnologia, cognição e materialidades da comunicação<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><b>"A vida secreta
dos objetos: tecnologia, cognição e materialidades da comunicação"</b> é o título de um curso que estou ministrando na pós-graduação em comunicação e cultura da UFRJ, em parceria com os professores <a href="http://poshumano.wordpress.com/" target="_blank">Erick Felinto</a> (PPGCOM/UERJ) e <a href="http://labcult.blogspot.com.br/" target="_blank">Simone Sá</a> (PPGCOM/UFF). A experiência de um curso coletivo envolvendo três professores e três programas de pós-graduacão em comunicação, além de muitos alunos, tem sido extremamente interessante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR">Abaixo, a última versão do programa do curso, sempre "em construção". Tentarei atualizar aqui as novas versões no caso de alguma alteração. A inspiração central deste curso foi o horizonte de realização de um colóquio previsto para o início de agosto de 2012. Em breve, postarei mais informações sobre o colóquio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Ementa: </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O que os objetos têm a dizer (e fazer) ao pensamento? No recente campo da comunicação, a questão, que ecoa um imenso e antigo problema filosófico, só passou a ser enfrentada de modo mais sistemático a partir dos anos 1980, quando diferentes perspectivas retomam indagações que parte da tradição hermenêutica das humanidades obscureceu, tais como : o que é um meio e como se dão os processos de mediação? Em que aspectos as materialidades tecnológicas informam mundos culturais e condicionam formas de cognição? De que modos a dimensão material da experiência se conjuga com as dimensões imateriais da cultura? Em que sentidos as categorias do humano, do pensamento, do corpo e dos sentidos se reconfiguram em face das nossas relações com os objetos e as entidades inumanas?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tendo como eixo este conjunto de reflexões, este curso pretende discutir alguns autores desse campo de pesquisas recentes, bem como suas influências e alianças no âmbito mais amplo das ciências humanas e sociais. Os quatro principais eixos de discussão serão: Teoria Ator-Rede (Bruno Latour e Michel Callon); Filosofia orientada aos objetos; Materialidades da Comunicação e Pós-humanismo. Retomaremos pontualmente, ainda, autores que constituem a matriz de problemas explorados nos três eixos, tais como Walter Benjamin, Michel Foucault, Gilbert Simondon. Focalizaremos, a partir dos autores e abordagens mencionados, as relações entre tecnologia, materialidade, conhecimento e discursos, tendo em vista as suas implicações para a revisão e proposição de teorias e metodologias no campo da comunicação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este curso será ministrado pelos professores Fernanda Bruno, Erick Felinto e Simone Pereira de Sá, constituindo uma parceria entre os PPGCOMs da UFRJ, UERJ e UFF.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Bibliografia Básica: </b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Latour, B. Reflexão Sobre o Culto Moderno dos Deuses Fe(i)tiches. EDUSC, 2002.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
____________ Reassembling the Social – An Introduction to Actor-Network-Theory. Oxford University Press, 2005.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_____________ Cogitamus: six lettres sur les humanités scientifiques. La Découverte, 2010.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Callon, M.; Lascoumes, P.; Barthe, Y. Acting in an Uncertain World: An Essay on Technical Democracy. MIT Press, 2009.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Akrich, M.; Callon, M.; Latour, B. (Orgs.). Sociologie de la Traduction: textes fondateurs. Paris: Mines Paris, 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Michel Foucault. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_______________. A Ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gilbert Simondon. L’individuation psychique et collective. Aubier, 1989.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
____________________. Du Mode d’Existence des Objets Techniques. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gumbrecht, Hans Ulrich - Produção de Presença - o que o sentido não consegue transmitir. Contraponto/PUC-Rio, 2010, Rio de Janeiro</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bryant, L.; Srnicek, N.; Harman, G. (eds.). The Speculative Turn: Continental Materialism and Realism. Re.Press, 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>PROGRAMA</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
15/03 - Apresentação Curso</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
22/03 – A vida secreta dos objetos. Um novo paradigma?<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>[Introdução geral]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professores responsáveis: Erick Felinto, Fernanda Bruno, Simone Pereira de Sá</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Shaviro, Steven. The Universe of Things (texto retirado de seu blog, em http://www.shaviro.com/Blog/?p=893)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bryant, L.; Srnicek, N.; Harman, G. (eds.). The Speculative Turn: Continental Materialism and Realism. Re.Press, 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gumbrecht, Hans Ulrich - Produção de Presença - o que o sentido não consegue transmitir. Contraponto/PUC-Rio, 2010, Rio de Janeiro</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Akrich, M.; Callon, M.; Latour, B. (Orgs.). Sociologie de la Traduction: textes fondateurs. Paris: Mines Paris, 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
29/03 - A vida secreta dos objetos. Na contra-mão da hermenêutica I. [Benjamin]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Erick Felinto </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: “Sobre a Linguagem em Geral e Sobre a Linguagem dos Homens” – Walter Benjamin (em Escritos sobre Mito e Linguagem. São Paulo: Duas Cidades, 2011)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: Busch, Kathrin. “The Language of Things and the Magic of Language On Walter Benjamin’s Concept of Latent Potency”. In Transversal, n. 15, 2010.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
12/04 - A vida secreta dos objetos. Na contra-mão da hermenêutica II. [Foucault]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Fernanda Bruno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Foucault, M. Arqueologia do Saber: Cap. III.4 “Raridade, exterioridade, acúmulo” e CAP III. 5 “O a priori histórico e o arquivo”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nietzsche, F. A genealogia da Moral. São Paulo: Cia das Letras, 1998.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foucault, M. Nietzsche, Freud, Marx. São Paulo: Princípio, 1997</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_____________. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_____________. A hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2006</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dreyfus, H. L. & Rabinow, P. Michel Foucault: Beyond Structuralism & Hermeneutics. Chicago: University of Chicago Press, 1982.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
19/04 - O tempo dos objetos: Jamais fomos modernos. [Latour]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Fernanda Bruno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Latour, B. Jamais Fomos Modernos. Rio de Janeiro: 34 letras, 1994.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Heidegger, M. “La question de la technique”. In: Essais et Conférences. Paris: Gallimard, (1958) 1990.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Latour, B. Reflexão Sobre o Culto Moderno dos Deuses Fe(i)tiches. EDUSC, 2002.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
26/04 - Materialidades: teoria da mídia alemã [Kittler]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Erick Felinto </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Winthrop-Young, Geoffrey & Gane, Nicholas. “Friedrich Kittler: an Introduction”. In Theory, Culture and Society, n. 23. 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: Winthrop-Young, Geoffrey. “Media Theory”. In. Kittler and the Media. London: Polity, 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
03/05 – Materialidades: comunicação e presença [Gumbrecht]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Simone Pereira de Sá; Erick Felinto</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Introdução e caps “Para além do sentido: posições e conceitos em movimento” e “Epifania/prentificação/ Dêixis: futuros para as humanidades e as Artes.” do livro : “Produção de Presença - o que o sentido não consegue transmitir” - Gumbrecht, Hans Ulrich. Contraponto/PUC-Rio, 2010, Rio de Janeiro</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: Gumbrecht, Hans Ulrich - Corpo e Forma. Ensaios para uma crítica não-hermenêutica. Org: João Cesar de Castro Rocha. Rio de Janeiro, EDUERJ, 1998;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Gumbrecht & PFEIFFER, Ludwig – Materialities of Communication. Stanford. Stanford Univ Press, 1994</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pereira, Vinicius Andrade - Reflexões sobre as materialidades dos meios: embodiment, afetividade e sensorialidade nas dinâmicas de comunicação das novas mídias. Revista Fronteiras VII(2): 93-101, mai-ago de 2006</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
10/05 – Materialidades: teoria ator-rede [M. Callon; B. Latour; J. Law]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Fernanda Bruno<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Latour, B. Reassembling the Social – An Introduction to Actor-Network-Theory. Oxford University Press, 2005. Introdução e Parte I, Cap 3: Third Source of Uncertainty: Objects too Have Agency)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Callon, M.; Law, J. After the individual in society: lessons on collectivity from science,technology and society. In: Canadian Journal of Sociology, Spring, v22, i2, p165-82, 1997</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Latour, B. “Technology is society made durable”. In: LAW, J. (Org.). A sociology of monsters: essays on power, technology and domination. Londres: Routledge, 1991.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_________. “Les ‘vues’ de l’esprit: une introduction à l’anthropologie des sciences et des techniques”. In: BOUGNOUX, D. (Org) Textes essentiels – Sciences de l’Information et de la Communication. Paris : Larousse, 1993.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
________. On interobjectivity. Mind, Culture, and Activity 3 4 (1996). 228-245.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
17/05 – O tempo dos objetos: arqueologia da mídia. [Zielinski – Arqueologia da Mídia; Parrika]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Erick Felinto </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Zielinski, Siegfried. “Introduction: the Idea of a Deep Time of the Media”. In: Deep Time of the Media: Toward an Archaeology of Hearing and Seeing by Technical Means. Cambridge: the MIT Press, 2006.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: Parikka, Jussi & Huhtamo, Erkki. “Introduction”. In: Media Archaeology: Approaches, Applications, and Implications. Berkeley: University of California Press, 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
24/05 - O tempo dos objetos: para além dos velhos e novos sentidos [Lisa Gitelman + Sterne]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professores responsáveis: Erick Felinto e Simone Pereira de Sá</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Gitelman, Lisa - Always already new – Media, History and the data of culture. Intro. (Media as Historical Subjects) e parte 1 (The case of Phonographs – pg (25-88)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sterne, Jonathan – STERNE, Jonathan – The Audible Past. Cultural origins of sound reproduction. Duke University Press, Durham and London, 2003. Introd. e Cap 1 “Machines to hear for Them”. Pp 1-86</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
31/05 – Mediação: agência, delegação, tradução [Bruno Latour; Michel Serres]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Fernanda Bruno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Latour, B. On Technical Mediation: philosophy, sociology, genealogy. Common Knowledge, n° 2, v. 3, Oxford University Press, 1994.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Latour, B. From Realpolitik to Dingpolitik: or How to Make Things Public</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Serres, M. Luzes. São Paulo: Unimarco, 1999</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
__________. Theory of the Quasi-Object. In The Parasite. Londres: John Hopkins University Press, 1982.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
21/06 – Mediação: uma filosofia do medium [S. Krämer]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Erick Felinto </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA: Friesen, Norm & Hug, Theo. The Mediatic Turn: Exploring Concepts for Media Pedagogy. In: Lundby, K (org.). Mediatization: Concept, Changes, Consequences. New York: Peter Lang, 2009.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES: Krämer, Sybille. “Does the Body Disappear? A Comment on Computer Generated Spaces”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
28/06 – Mediação: música e amadores [Sterne; Hennion]</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Professor responsável: Simone Pereira de Sá e Fernanda Bruno</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTO-AULA:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Hennion, A. Music and Mediation: Towards a new Sociology of Music in The Cultural Study of Music: A Critical Introduction. 2002. M. Clayton, T. Herbert, R. Middleton eds. London: Routledge.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sterne, J – O MP3 como artefato cultural. In: Sá, Simone Pereira de (org.) Rumos da Cultura da Música. Negócios, estéticas, linguagens e audibilidades. Ed. Porto Alegre, Ed Sulina, 2010.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>TEXTOS COMPLEMENTARES:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
05/07 – Fechamento</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Metodologia</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As aulas serão ministradas alternadamente pelos professores Fernanda Bruno, Erick Felinto e Simone Pereira de Sá. Conforme previsto no programa, cada professor ficará responsável pela apresentação de uma temática específica, seguida de debate entre os três professores e os alunos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para cada aula, um aluno ficará responsável pelo relato e organização das referências bibliográficas mencionadas no dia.</div>
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<br />Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-7833457496748298592012-01-17T09:49:00.000-03:002012-01-17T09:51:02.766-03:00STOP SOPA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaRcYusWM2W5lwqul6kiw1xgnIwug3tWRWCYgi6XqSrVtyXrOcmnCJ8eEscYXuElx0J9lPx_XzSzaz8Crbp33xVTKvqAkoz_eJbq3I-CqaIRpZDXwulCQi46z7OfXe5LXad44oeOdBfJ4/s1600/AvatarSOPA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaRcYusWM2W5lwqul6kiw1xgnIwug3tWRWCYgi6XqSrVtyXrOcmnCJ8eEscYXuElx0J9lPx_XzSzaz8Crbp33xVTKvqAkoz_eJbq3I-CqaIRpZDXwulCQi46z7OfXe5LXad44oeOdBfJ4/s200/AvatarSOPA.jpg" width="200" /></a></div>
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Os embates pelo controle da Internet seguem fortes em 2012. Dia 18.01.12 é dia de protesto mundial contra o projeto de lei Stop Online Piracy Act (SOPA) - (EUA), que ameaça bloquear, literalmente, a liberdade em vigor na rede.<a href="http://www.trezentos.blog.br/?p=6642" target="_blank"> Nesta entrevista</a>, Sergio Amadeu explica o projeto e seu perigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
O protesto de 18.01.12 é de blackout e o ideal é que sites, coletivos e blogs fiquem fora do ar por 12h. Por falta de competência técnica, não sei se conseguirei tirar este blog do ar, mas registro a adesão ao protesto. Veja como participar no site no <a href="http://meganao.wordpress.com/" target="_blank">Mega Não!</a></div>Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-67554374736270586982012-01-08T14:00:00.000-03:002013-02-21T11:45:39.467-03:00Imagem e Resistência: Egito, 2011<div style="font: 12.0px Helvetica; margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px;">
<div style="text-align: justify;">
<object height="360" width="480"><param name="movie" value="http://www.dailymotion.com/swf/video/xgsi8z">
</param>
<param name="allowFullScreen" value="true">
</param>
<param name="allowScriptAccess" value="always">
</param>
<embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://www.dailymotion.com/swf/video/xgsi8z" width="480" height="360" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always"></embed></object><br />
<a href="http://www.dailymotion.com/video/xgsi8z_police-fire-tear-gas-at-protesters_news" target="_blank">Police fire tear gas at protesters</a> <i>par <a href="http://www.dailymotion.com/CNN_International" target="_blank">CNN_International</a></i></div>
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
[Nota: Este post foi escrito em 03 de fevereiro 2011 e por lapso meu não foi publicado, permanecendo até agora nos "rascunhos". Após ler hoje impressões recentes do Egito no blog do <a href="http://a8000.blogspot.com/" target="_blank">Cezar Migliorin</a>, que acabou de voltar de lá, quis rever este post, flagrei o lapso e finalmente o publico, com atraso ainda maior do que ele já anunciava. Curioso ver como essa impressão, ainda no calor do início da primavera árabe, poderia ser parcialmente reescrita].<br />
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Este post chega atrasado, se considerarmos a urgência e relativa velocidade dos protestos e transformações recentes no chamado mundo árabe. Atrasado também em relação à pauta midiática, neste momento dedicada ao terrível terremoto no Japão e ao difícil e violento conflito na Líbia. Mas este post é uma espécie de traço mnemônico, para recuperação futura, de uma das imagens que mais me comoveram no curso da minha atenção flutuante pelo turbilhão de fotografias e vídeos das mais diversas proveniências que circularam sobre o tema desde que o levante na Tunísia começou. Suponho que muitos viram esta emblemática imagem do recuo das forças policiais frente ao avanço insubordinado da multidão por uma ponte sobre o Nilo no Cairo. Vi imagens semelhantes a essa enquanto seguia os acontecimentos "ao vivo" pela Internet, mas nunca consegui recuperá-las, o que não se deu com essa, que foi veiculada pela CNN, entrando para os arquivos mais facilmente rastreáveis. Enquanto via, ainda ao vivo, a sensação era próxima àquela diante das imagens do atentado de 11 de setembro, 2001. Não pelo que colocavam em jogo, nem pelo que produziam, mas pelo caráter emblemático e tão "obviamente" simbólico dessa imagem de resistência, de inversão das relações de força, de confronto com o poder, evidentemente expostos nos signos que ela condensa - a marcha vitoriosa da multidão, o recuo da força policial, a ponte como limiar, transição, passagem. Um gênero de imagem contra-hermenêutica, pois nada há a interpretar, nenhum sentido oculto ou recolhido. Imagem que força a pensar (e agir) para além dela, em torno, ao lado, depois ou a partir dela, no impulso mesmo do acontecimento que expressa.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas curiosamente essa imagem-documento-emblema, que usualmente poderia ser repetida à exaustão pelos meios de comunicação massivos (como as da praça Tien'amen, entre outras), não ganhou tamanha repercussão. Além da relativa discrição com que os meios de comunicação, inclusive diversas redes da Internet, têm tratado os movimentos revolucionários no mundo árabe (o que merece ser seriamente discutido), interessa-me aqui apontar para o quanto uma outra paisagem de imagens políticas está em curso nos últimos anos, sobretudo a partir da popularização de câmeras de vídeo e foto acopladas a dispositivos móveis e conectadas à Internet. Essa paisagem tem muitas faces e dela aponto apenas um aspecto bastante evidente: o declínio da imagem-emblema como centro catalisador necessário da atenção sobre o acontecimento. A mídia de massa nos educou a uma economia atencional em que uma, duas ou três imagens funcionam como eixo icônico que representam um embate ou conflito político qualquer - revoluções, guerras, guerrilhas. Essas imagens constituem uma espécie de repertório relativamente comum do espectador mediano, ainda que, claro, muitas diferenças e singularidades corram sob ou fora dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAe0Edkcj1-8ZxD2H1yTc3DycJWOTWN6piEIt0-sEXy07J2oGBfYdJMZj7yEHF44G3TIkwx-UHMe3jqACC8gBqmmZYGpQj1ZSkyycC7oyDsyPT0aPnuS491k5tM43ygR59GKvasVjyoM0/s1600/Capture-d%25E2%2580%2599e%25CC%2581cran-2011-01-30-a%25CC%2580-01.55.32.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAe0Edkcj1-8ZxD2H1yTc3DycJWOTWN6piEIt0-sEXy07J2oGBfYdJMZj7yEHF44G3TIkwx-UHMe3jqACC8gBqmmZYGpQj1ZSkyycC7oyDsyPT0aPnuS491k5tM43ygR59GKvasVjyoM0/s320/Capture-d%25E2%2580%2599e%25CC%2581cran-2011-01-30-a%25CC%2580-01.55.32.png" width="320" /></a></div>
Outra dinâmica de produção, circulação e afetação das imagens está contudo em curso e já há algum tempo vem engendrando outra economia da atenção, não mais focalizada sobre duas ou três imagens "emblemáticas" que acompanham recursivamente informações variadas, mas uma atenção flutuante ou deslizante sobre uma profusão de imagens cujas origens, formatos, motivações, estéticas são extremamente diversos e dinâmicos. Algumas das muitas questões que se impõem: Que lugares de visão, que perspectivas precisam ser inventadas para olharmos essas imagens? Como estar, com elas, <i>in media res</i>? Como nos lembrar delas? Que tipos de arquivos exigem? Qual é o destino dessas imagens e como elas participam da composição de um processo estético-político comum?</div>
</div>
Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8237073881792905937.post-54688223474987984462011-12-01T22:15:00.001-03:002013-09-05T12:14:28.531-03:00Agentes Invisíveis e Spy Files<div style="text-align: justify;">
Precisamente na véspera do <a href="http://culturadigital.org.br/">Festival de Cultura Digital</a>, que acontece no MAM e no Odeon, de 02 a 04 de dezembro no Rio de Janeiro, o WikiLeaks divulga uma série de documentos (<a href="http://wikileaks.org/the-spyfiles.html">Spy Files</a>) que revelam o imenso mercado de vigilância e interceptação de telecomunicações (internet, telefones celulares, gps, mensagens sms etc) que abastece tanto governos democráticos quanto ditaduras. Veja o <a href="http://www.spyfiles.org/">mapa</a> desse mercado e seus clientes, produzido pela OWNI em parceria com o WikiLeaks. O vazamento destes documentos, reunidos sob a rubrica <a href="http://wikileaks.org/the-spyfiles.html">Spy Files</a>, vem ao encontro do nosso "<a href="http://culturadigital.org.br/project/agentes-invisiveis-um-mapeamento-das-tecnologias-de-monitoramento-de-dados-pessoais-na-internet-brasileira/">Agentes Invisíveis</a>", um projeto de pesquisa que consistiu em rastrear rastreadores na Internet brasileira, identificando as empresas que se dedicam ao monitoramento e ao comércio de dados gerados pelos usuários na rede. Esta pesquisa fez parte de um projeto mais amplo de cooperação entre o Brasil e o México, que consistiu em realizar um mapeamento preliminar do "estado da arte" da vigilância e do monitoramento de dados pessoais em três campos: videovigilância, documento de identificação civil e Internet. Em breve, publicaremos o relatório de toda a pesquisa. Digiri a parte do projeto voltada à Internet no Brasil e contei com a preciosa colaboração da doutoranda Liliane Nascimento (ECO/UFRJ), que dividiu comigo todo o trabalho da pesquisa, e dos bolsistas Rafael Lins e Anna Carolina Bentes, ambos da UFRJ. Estaremos <a href="http://culturadigital.org.br/project/agentes-invisiveis-um-mapeamento-das-tecnologias-de-monitoramento-de-dados-pessoais-na-internet-brasileira/">apresentando a pesquisa no dia 02/11 na Mostra de Experiências do Festival de Cultura Digital</a>. Abaixo, o slide da apresentação.</div>
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<a href="http://prezi.com/o8llbcn4yrn1/agentes-invisiveis/" title="Agentes invisÌveis">Agentes invisÌveis</a> on <a href="http://prezi.com/">Prezi</a></div>
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Fernanda Brunohttp://www.blogger.com/profile/15305800171763727556noreply@blogger.com0