quarta-feira, 30 de abril de 2008
Maps and Nextcity: the Art of possible
terça-feira, 29 de abril de 2008
Camuflagem e in-visibilidade urbana
Streetwise
Street surveillance camera project
(photos Desiree Palmen thanks to Risk Hazekamp,
model Marleen van Wijngaarden and CBK Rotterdam)
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Pulseiras eletrônicas para presos em SP
Central de vigilância em favela
O jogo de forças, de vigilância e contra-vigilância, é aí complexo e difícil de ser pensado, requerendo tempo maior do que a escrita apressada desse blog permite. Entre muitos elementos importantes a pensar, e para além das intenções de defesa e controle do território, é interessante atentar para essa forma de a favela produzir imagens sobre si mesma, sem passar diretamente pelas mediações tradicionais do artista, do jornalista, do cineasta, do pesquisador ou do agente social.
sábado, 26 de abril de 2008
Scanner de face em aeroportos britânicos
http://dispositivodevisibilidade.blogspot.com/2008/03/diagnsticos-visuais-e-microfsica-do.html;
http://dispositivodevisibilidade.blogspot.com/2008/03/diagnsticos-visuais-e-microfsica-do_21.html
http://dispositivodevisibilidade.blogspot.com/2008/04/cmeras-humor-e-biometria.html
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Surveillance Manhatan
"We climb in behind the pilot and find ourselves facing a console with three screens: One shows a map of the city; another, an interface for checking license plates and addresses; and the third, the view from a gyro-stabilized L-3 Wescam camera attached to the chopper's nose. The camera can see clear across the city, in both the visible and the infrared slices of the spectrum; then it can broadcast the images to police headquarters using an onboard microwave transmitter."
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Gadgets - GPS track defense e CCCTV scanner
Estágios da vídeo-vigilância no Brasil
O artigo vem, felizmente, contribuir para a ainda raríssima literatura sobre o tema no Brasil. Não vou fazer uma apresentação do texto, mas apenas pontuar alguns dados para reflexão. Em sua análise de propostas de leis sobre câmeras de vigilância no Brasil e de dados sobre a indústria da segurança, a autora propõe três estágios da trajetória da vídeo-vígilância.
- 1982-1995: “Cameras as a suggestion”
- 1995-2003: Reconfiguration period, “Cameras as an obligation”
- 2003-2005: Second reconfiguration, “Cameras for survival and for international commerce
Segundo a autora, no primeiro estágio (1882-1995), há poucas propostas de lei sobre câmeras de segurança e estas são destinadas sobretudo à segurança privada, especialmente em bancos e instituições financeiras. No segundo estágio (1995-2003), as propostas de lei aumentam em número e especificidade, havendo propostas de tornar obrigatório o uso de câmeras em bancos e em alguns espaços de circulação pública, como hospitais, shopping centers, estádios de futebol etc. Nesse mesmo período, há uma imensa expansão da indústria de segurança privada e particularmente dos sistemas eletrônicos de segurança, aí incluída a vídeo-vigilância. O uso de câmeras passa a ser justificado pelos altos índices de criminalidade, pela ineficiência do Estado em garantir a segurança e pelo aumento da sensação de medo nas cidades. Vale notar que esta expansão do uso de câmeras se dá em grande parte no âmbito da segurança privada. Outro dado importante é a escassez de projetos de lei que regulem ou controlem o uso de câmeras, prevalecendo a demanda pela obrigatoriedade. Por fim, no terceiro estágio esta demanda legal por obrigatoriedade se estende ao comércio internacional, à segurança pessoal e à sobrevivência. A presença do Estado nessa demanda se torna mais forte, ressoando as políticas de segurança pós-11 de setembro.
Essa trajetória descrita pela autora de algum modo reflete o que diversas pesquisas mostram em outros países, onde a vídeo-vigilância se inicia no setor privado, depois ganha o espaço público e atualmente se encaminha para a ubiqüidade. Assim é na Inglaterra, por exemplo. No entanto, vale ressaltar algumas particularidades nacionais. Diferentemente da Inglaterra e de outros países europeus, em que a primeira expansão da vídeo-vigilância se dá em seu estágio público e é coordenada pelo Estado, no Brasil ela se passa antes no âmbito privado e se justifica pela ineficiência do Estado em prover segurança. Curioso ainda notar que muitas câmeras privadas, colocadas em prédios e condomínios residenciais, por exemplo, estão voltadas para as ruas e "vigiam" o espaço público, mas apenas para proteger os espaços privados. Além disso, é bastante recente no Brasil a incorporação da vídeo-vigilância nas políticas públicas de segurança e, ainda que elas se alinhem a uma retórica securitária global, nossa cultura da violência e da insegurança é bastante específica e complexa, merecendo estudos particulares.
Uma outra particularidade nacional é a grande quantidade de câmeras de vigilância adquiridas ilegalmente, tornando impossível dimensionar a extensão da vídeo-vigilância no país. Tanto os dados públicos quanto os fornecidos pelas empresas de segurança são insuficientes, dada a significativa quantidade de empresas clandestinas e de aquisições ilegais.
No estudo de caso sobre câmeras de vigilância no Parque da Luz em São Paulo, a autora chama atenção para o fato de a câmera aí controlar sobretudo a mobilidade e não tanto a visibilidade: "...
this is the case because cameras, in relation to urban gentrification or the enrichment of the city center, play the role of making the city a safer place for a specific part of the population. The camera has to inhibit the permanence or the circulation of specific groups in favor of others, thus
promoting the regulation of mobility and the disappearance of conflict."
Sem dúvida, a regulação do acesso, da circulação e da mobilidade é um elemento central na vídeo-vigilância e no campo mais amplo da vigilância contemporânea. No entanto, se em alguns dispositivos, como na vigilância digital ou de dados (dataveillance), a questão da visibilidade perde relevância, na vídeo-vigilância, em especial, o controle da mobilidade vai de par com uma reordenação das táticas de visibilidade, que se transformam, mas não se tornam secundárias. Ainda que a visibilidade não opere mais como uma armadilha individualizante nos moldes disciplinares, como aponta a autora, ela ainda é um elemento central na retórica da vigilância/segurança, na efetividade do dispositivo câmera e no tipo de "prova" e registro visual que ele gera. Volto a isso num futuro próximo ;-)
terça-feira, 22 de abril de 2008
Mapa, crime e vigilância colaborativa
domingo, 20 de abril de 2008
Sousveillance Culture Conference
Sousveillance Culture Conference :: April 26, 2008; 12 - 5 pm :: The Change You Want to See Gallery, 84 Havemeyer @ Metropolitan, Brooklyn, NY.
Program:
11:45 Open Seating
12:00 Welcome & Introduction, Marisa Olson
12:05-1:15 Voyeurism vs. Exhibitionism: Online and In the Streets
Panelists: Allistar Peters and Meng Li, Ana Maria Gutierrez, Heather Rasley
1:15-2:00 Watchful Intervening: From Scientologists to Spy Shops
Panelists: Amanda Bernsohn and Kacie Kinzer, Syed Salahuddin
2-3:30 Playtime: Games, Toys, and Entertainment
Panelists: Oscar Torres, Scott Hoffer, Shlomit Lehavi and Leah Gilliam
3:30-5 Looking at Control: From Candidate Self-Surveillance to Wireless Subversion
Panelists: Michael Clemow and Tom Jenkins, Alberto Tafoya, Emery Martin
The Change You Want To See is the gallery and convergence stage run by the activist arts collective Not An Alternative
Graffiti contra-vigilância: Bansky
sábado, 19 de abril de 2008
Enquete sobre vídeo-vigilância na França
Oficinas do NUCC/UFRJ - Cérebros criminosos?
OFICINAS DO NUCC
Tema: Cérebros criminosos?
Dia 30 de abril de 2008
Horário - das 13:00 às 15:00 h
Local: Sala 2 do Instituto de Psicologia/UFRJ
Obs - as oficinas são abertas ao público e acontecem sempre na última quarta do mês, das 13 às 15 horas.
terça-feira, 15 de abril de 2008
O cérebro decide
Celulares, comportamento e wireless power
"Who: Sandy Pentland, MIT
Definition: Personal reality mining infers human relationships and behavior by applying data-mining algorithms to information collected by cell-phone sensors that can measure location, physical activity, and more.
Impact: Models generated by analyzing data from both individuals and groups could enable automated security settings, smart personal assistants, and monitoring of personal and community health.
Context: Cell phones are now sophisticated enough to collect and analyze data on personal behavior, and researchers are developing techniques that allow them to effectively sort through such information."
Ressalto por fim um terceiro item da mesma lista: wireless power technology, dispositivo que ambiciona transmitir força elétrica sem fio. Resumo:
"Who: Marin Soljacic, MIT
Definition: Wireless power technology transmits electricity to devices without the use of cables.
Impact: Any low-power device, such as a cell phone, iPod, or laptop, could recharge automatically simply by coming within range of a wireless power source, eliminating the need for multiple cables—and perhaps, eventually, for batteries.
Context: Eliminating the power cord would make today’s ubiquitous portable electronics truly wireless. A number of researchers and startups are making headway in this growing field."
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Modeling Surprise
"But how? To monitor surprises effectively, says Horvitz, the machine has to have both knowledge--a good cognitive model of what humans find surprising--and foresight: some way to predict a surprising event in time for the user to do something about it.
Horvitz's group began with several years of data on the dynamics and status of traffic all through Seattle and added information about anything that could affect such patterns: accidents, weather, holidays, sporting events, even visits by high-profile officials. Then, he says, for dozens of sections of a given road, "we divided the day into 15-minute segments and used the data to compute a probability distribution for the traffic in each situation."
That distribution provided a pretty good model of what knowledgeable drivers expect from the region's traffic, he says. "So then we went back through the data looking for things that people wouldn't expect--the places where the data shows a significant deviation from the averaged model." The result was a large database of surprising traffic fluctuations.
Once the researchers spotted a statistical anomaly, they backtracked 30 minutes, to where the traffic seemed to be moving as expected, and ran machine-learning algorithms to find subtleties in the pattern that would allow them to predict the surprise. The algorithms are based on Bayesian modeling techniques, which calculate the probability, based on prior experience, that something will happen and allow researchers to subjectively weight the relevance of contributing events."
Essa espécie de demônio de Laplace aplicado ao ideal contemporâneo de gestão de si e do outro transpõe para o mundo cotidiano o movimento, já corriqueiro na tecnociência, de colonização do futuro pelas vias do controle e da previsão. Ao mesmo tempo, essa engenhoca parece um manual de auto-ajuda tecnologicamente assistido e, ainda que venha a ser eficaz nas suas funções, nos faz rir pelo absurdo de sua promessa - abolir o acaso pela sua própria simulação. Aliás, assim como na auto-ajuda, talvez também aí a eficácia operatória seja proporcional ao absurdo da promessa.
Um detalhe significativo e nada surpreendente ;-) : o projeto é da Microsoft Research.
É preciso invocar as marteladas nietzschenas contra esses eunucos concupiscentes e essas aranhas da razão:
"Por acaso, esta é a mais antiga nobreza do mundo, eu a restituí a todas as coisas, eu as libertei da servidão da finalidade...Encontrei em todas as coisas esta certeza bem-aventurada de que elas preferem dançar sobre os pés do acaso"
domingo, 13 de abril de 2008
Sous Surveillance
Street as plataform
Artigo de Dan Hill no City of Sound trata dos diversos fluxos informacionais que cruzam e redefinem o sentido e a experiência das ruas nas cidades contemporâneas. Propõe a idéia de Rua como Plataforma, presente já no título, numa análise panorâmica desses fluxos quase invisíveis e múltiplos - telefonia móvel, rfid, câmeras de vigilância, computação e comunição móvel e sem fio, sistemas informacionais de monitoramento de dados, tráfego e pessoas, entre outros.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Vigilância mundial cotidiana: curiosidades
Luisa Paraguai
Vemos....nos olham
“What we see is important – only live – in our eyes through what see us.” Georges Didi-Huberman (1998) The new relations of participant/information/technological interface is possible through Computer Mediated-Comunication on the Web, for example ICQ, chat, virtual communities, video conference, e-mail, discussion list. The Web users can establish relationship in a synchronous/simultaneous and asynchronous way through this interactive communication space. This new possibility of social and political organization and cooperation on the net take place through the circulation of information when the users have the same purpose and not more the same shared physical space. The image other’s construction takes place through intermediated information by shared text, image and some times audio, on each user’s thoughts. This work presents this new communication space as another “perception system” when it tries to compose and show the user’s relationship among other people and himself/herself through the juxtaposition and superposition of the windows in an aesthetical movement. This site tries to propose a different behavior from the common sites when the user has to stop and try “to see and be seen”. The user is conducted to see and be seen while he/she is observed by different sights around him/her through the composition of the windows opened without interaction/navigation/choose. It is needed to close all the windows in a metaphorical introspective movement for the user find himself/herself: external random links show the possibility the others’ presence on the Web. There are some links on the first Web page that conduct the users to some communication spaces as ICQ, net meeting, 3D chat, electronic chat, and virtual community."
Biography Author: Luisa Paraguai Donati PhD Student and Master at Unicamp, Department of Multimedia, Institute of Arts. Researcher from wAwRwT project. She has presented works at National and International Congress about Art and Technology. She attended with the web site INcorpos at some recent artistic exhibition: “II Biennial from Mercosul”, Porto Alegre, RS, Brazil, and “Electronic Art Exhibition - SIBGRAPI2000”, Gramado, RS, Brazil.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Surveillance & Society
quarta-feira, 9 de abril de 2008
InVisibilities Conference
Invisibilities: the politics, practice and experience of surveillance in everyday life
Key themes to include:
* Experiencing Surveillance and Visibility
* Participatory and Voluntary Surveillance
* Surveillance of the Other - Visibility and Difference
* Representations of Surveillance in Film/Art/Literature/Media
* State Surveillance and Identification
* Surveillance, visibility and the welfare state
* Surveillance and consumer visibility
* The transparent body
* Electronic visibilities
* (In)visibility and labour
* Negotiating (in)visibility
* Researching (in)visibility
* Spatial visibilities
* Surveillance futures
domingo, 6 de abril de 2008
Câmeras, humor e biometria
A conexão entre videovigilância e biometria avança a passos largos e, como toda tecnologia de controle, suas aplicações são múltiplas. Tenho tratado de várias delas aqui e uma matéria recente do The New York Times mostra um tipo de software que além de analisar os padrões da face para fins de reconhecimento, interpreta os seus estados emocionais - irritado, feliz, surpreso, triste. Para além da segurança, essa vigilância biométrica-emocional serve às empresas que precisam monitorar os afetos dos seus clientes ou funcionários. A matéria menciona, por exemplo, o interesse de bancos em monitorar o humor de seus clientes na fila. Além disso, trata dos limites e falhas desses sistemas biométricos, especialmente quanto ao reconhecimento de face a céu aberto e à distância. Contudo, sabemos que o problema desses dispositivo não reside apenas em suas falhas, mas também em seus êxitos.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Publicidade 1934 - do olho elétrico ao Minority Report
ELECTRIC EYE REVEALS AD IN MIRROR
1967 e monitoramento de dados
"The very existence of a National Data Center may encourage certain federal officials to engage in questionable surveillance tactics. For example, optical scanners — devices with the capacity to read a variety of type fonts or handwriting at fantastic rates of speed — could be used to monitor our mail. By linking scanners with a computer system, the information drawn in by the scanner would be converted into machine-readable form and transferred into the subject’s file in the National Data Center."
Satellite Secrets
"Investigate satellites, learn their names, who owns them, what they do, how they have been used. There is a need for more satellite literacy.
Contest the militaristic and corporate appropriation of satellites with more art, activism, dreaming and experimentation.
Imagine how the use of satellite in the public interest might be defined."
terça-feira, 1 de abril de 2008
Sentence first - verdict afterwards!
Desde 2004 a polícia britânica pode recolher amostras de DNA de qualquer indivíduo que seja detido e que tenha mais de 10 anos (!). O banco de dados genético do UK é o maior da Europa e estima-se haver cerca de 1.5 milhão de amostras de DNA de pessoas entre 10 e 18 anos.
Essa forma de vigilância e condenação preventiva também é reivindicada no campo terapêutico: um relatório recente do Institute for Public Policy Research clama por terapia cognitivo-comportamental e programas de apoio a famílias com crianças entre 5 e 12 anos classificadas no perfil de criminosas potenciais. O relatório, intitulado "Make me a criminal", defende que a prevenção deve começar cedo:
"You can carry out a risk factor analysis where you look at the characteristics of an individual child aged five to seven and identify risk factors that make it more likely that they would becomean offender". A matéria é do The Guardian.
No Brasil, uma pesquisa sobre "cérebros criminosos" foi anunciada por neurocientistas do Rio Grande do Sul, que pretendem mapear e estudar o cérebro de 50 voluntários jovens da antiga Febem de Porto Alegre. Diversas instituições e entidades já manifestaram nota de repúdio à pesquisa, inclusive o Conselho Federal de Psicologia. No dia 30 desse mês de abril, o Núcleo de Pesquisa em Cognição e Coletivos/NUCC da UFRJ, do qual faço parte, realizará um debate sobre essa pesquisa e esse tema. Farei a chamada aqui em tempo.
"Let the jury consider their verdict," the King said, for about the twentieth time that day...
"No, no!" said the Queen. "Sentence first -- verdict afterwards."
"Stuff and nonsense!" said Alice loudly. "The idea of having the sentence first!"
"Hold your tongue!" said the Queen, turning purple.
"I won't!" said Alice.
"Off with her head!" the Queen shouted at the top of her voice. Nobody moved.
"Who cares for you?' said Alice, (she had grown to her full size by this time.) "You're nothing but a pack of cards!"
(Alice's Adventures in Wonderland, Lewis Carroll)