
Estou realizando um projeto de mapeamento de câmeras de vigilância nos espaços públicos da cidade do Rio de Janeiro e uma das minhas limitações é o acesso aos espaços das favelas. Sempre imaginei, contudo, que deveria haver sistemas de monitoramento por câmeras controlados não pelo Estado, mas pelo chamado "crime organizado". Matéria da Folha on-line (grata, Cezar!) reporta a descoberta de uma central de monitoramento com 9 televisores ligados a aproximadamente 20 câmeras instaladas pela favela Zorrilho, na zona leste de São Paulo. A ação da polícia provavelmente estava sendo monitorada e ela naturalmente encontrou a central de monitoramento vazia, além de armas e drogas.
O jogo de forças, de vigilância e contra-vigilância, é aí complexo e difícil de ser pensado, requerendo tempo maior do que a escrita apressada desse blog permite. Entre muitos elementos importantes a pensar, e para além das intenções de defesa e controle do território, é interessante atentar para essa forma de a favela produzir imagens sobre si mesma, sem passar diretamente pelas mediações tradicionais do artista, do jornalista, do cineasta, do pesquisador ou do agente social.
O jogo de forças, de vigilância e contra-vigilância, é aí complexo e difícil de ser pensado, requerendo tempo maior do que a escrita apressada desse blog permite. Entre muitos elementos importantes a pensar, e para além das intenções de defesa e controle do território, é interessante atentar para essa forma de a favela produzir imagens sobre si mesma, sem passar diretamente pelas mediações tradicionais do artista, do jornalista, do cineasta, do pesquisador ou do agente social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário