quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Celulares, monitoramento e publicidade
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Privacidade e web 2.0
domingo, 28 de outubro de 2007
Primeira câmera de vigilância
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Histeria, imagem e subjetividade
Ao lado das memórias disparadas pelas imagens de Augustine, vem a lembrança do belo livro de Didi-Huberman sobre a inconografia fotográfica da Salpêtrière: Invention de l'hystérie - Charcot et l'iconographie photographique de la Salpêtrière, e uma confissão pessoal: Augustine foi uma das minhas heroínas de juventude, em tempos de estudante de psicologia. A sua presença em minha memória é ao mesmo tempo um golpe narcísico, uma mordida do tempo, mas também uma pequena vitória da modernidade e da persistência dessas subjetividades que hoje parecem cada vez mais afastadas de nós, especialmente quando lidamos com os regimes de visibilidade progressivamente estendidos dos reality shows, blogs e fotologs.
Perfis e RFID
Sobre a relação entre perfis informacionais, identidade e vigilância, ver meu artigo "Dispositivos de vigilância no ciberespaço: duplos digitais e identidades simuladas" na Fronteiras e, para entender e visualizar a construção dessas "fábricas do gosto" e seus produtos, ver artigo da Pattie Maes et allli.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Arte 2.0
Nesse mesmo momento, na ZKM, a exposição YOU_ser: The Century of the Consumer também tematiza os formatos participativos da Web 2.0 e seus nexos com os movimentos participativos na arte do século XX (Op-art, arte conceitual, happenings, Fluxus, arte digital interativa etc). No texto de informação sobre a exposição no site, enfatiza-se a proposta de que os visitantes possam atuar como "artistas, curadores, produtores". Não consegui evitar um certo desconforto com a forma como esse mesmo texto propõe um paralelo entre visitante, usuário e "consumidor emancipado", seguido da afirmação exclamativa "YOU are the content of the exhibition!". Talvez a ironia possível dessa passagem não tenha me sensibilizado o suficiente, mas a minha reação imediata é provavelmente duplamente conservadora: primeiro, tal paralelo é, no mínimo, questionável, e ainda mais a expressão "consumidor emancipado", que reúne duas palavras com linhagens tão diversas quanto problemáticas, especialmente quando postas no âmbito da criação. A segunda reação é quase uma saudade de ser simplesmente espectador. A curadoria é de Peter Weibel. Em tempo, esses comentários condizem apenas ao texto no site da exposição, uma vez que ainda não vi os trabalhos apresentados ;-). Abaixo o texto ao qual me refiro:
Users deliver or generate the content or put it together. They become producers and program designers and thereby, competitors to television, radio, and newspapers, the historical media monopoly. Audience participation reshapes itself as consumers’ emancipation.
These transformations concern not only the global expanses of the Internet, but also the museum. It reacts to the changed cultural and social behavior and supports those tendencies, which, in an Enlightenment spirit, are applied for democracy and the idea of access to education for all.
The new installations presented in the exhibition transfer the potential for co-designing by the user that has been developed on the Internet into the context of art and allow the visitors to emancipate themselves.
They can act as artists, curators, and producers. The exhibition visitors, as users, as emancipated consumers, are at the center of focus. YOU are the content of the exhibition! The museum is bound to a fixed location and set times. Through the Internet, it can develop into a communicative platform independent of place and time. The historical model of culture, in which Darwinist selection takes place and only a few select find acceptance in its storage and distribution apparatus, embodied by the principle of Noah’s Ark, has been displaced.
The new Noah’s Ark of the Internet has an endless storage space, which, in principle, is open to all inhabitants of the industrial and newly industrializing countries.
Is this the new cultural space for the emancipated consumer, the visitor as user who will decide the culture of the twenty-first century, just as slaves, workers, and citizens as historical subjects have done in the past?
Curated by Peter Weibel
Project management: Bernhard Serexhe. "
sábado, 20 de outubro de 2007
Conferência InVisibilities
• Experiencing Surveillance and Visibility
• Participatory and Voluntary Surveillance
• Theorising (in)visibility
• Histories of Surveillance and Visibility
• Surveillance of the Other - Visibility and Difference
• Representations of Surveillance in Film/Art/Literature/Media
• State Surveillance and Identification
• Surveillance, visibility and the welfare state
• Surveillance and consumer visibility
• The transparent body
• Electronic visibilities
• (In)visibility and labour
• Negotiating (in)visibility
• Researching (in)visibility
• Spatial visibilities
• Surveillance futures
Como o Google mapeia o mundo
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
E-mail, delegação e vigilância: Xobni
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Controle, massa e mobilidade
domingo, 14 de outubro de 2007
Celular e super ego
Retóricas da segurança, aumento da vigilância
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Mapas futuros
Comunicação e Experiência Estética
| 16/10 – Terça | 17/10 - Quarta | 18/10 - Quinta | 19/10 - Sexta |
| Conferência de abertura - Louis Quéré (EHESS): Sobre o conceito de experiência. | Mesa-redonda: Mídia e experiência estética. Participantes: João Luiz Freire (UFRJ), Paulo Bernardo (UFMG) e Carlos Mendonça (UFMG). | Mesa-redonda: A experiência das imagens. Participantes: Eduardo de Jesus (PUC-MG), Fernanda Bruno (UFRJ), Cláudia Mesquita (UFSC). Coordenação: César Guimarães (UFMG). | Mesa-redonda: O texto como modelo de compreensão. Participantes: Cedric Terzi(EHESS), Elton Antunes (UFMG) e Hugo Mari (PUC-MG). Coordenação:Paulo B. Vaz (UFMG) |
| Mesa-redonda: A reconfiguração do campo da comunicação à luz do conceito de experiência. Participantes: José Luiz Braga (Unisinos), Eduardo Duarte Gomes Silva (UFPE) e Monclar Valverde (UFBA). Coordenação: Vera França (UFMG) | Conferência: Stella Senra Debatedor: César Guimarães (UFMG) | Conferência: Gonzalo Abril (Universidad Complutense) Debatedor: Bruno Leal (UFMG) | A experiência estética nas redes telemáticas Participantes: Beatriz Bretas (UFMG), Rodrigo Fonseca Rodrigues (FUMEC), Geane Alzamora (PUC-MG). Coordenação: Elton Antunes(UFMG) |
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Arte e webcam: Ubermatic
Getting Ready é uma performance e instalação feita com webcams e voltada para o público da Internet. A antecipação e a preparação do ambiente são os temas centrais da performance, que é exibida em tempo real tanto num monitor de computador instalado numa galeria em Toronto quanto para espectadores da Internet.
Google, Arte, Hacker
Biometria e previsão
sábado, 6 de outubro de 2007
Mapas de crime e vigilância colaborativa
O Globo Online, mais precisamente o blog Reporter de Crime lançou uma campanha convocando os moradores do Rio de Janeiro a enviarem mapas de crime dos locais em que moram ou conhecem bem. Tijuca, Flamengo, Jacarepaguá, Gávea, Copacabana, Centro, Botafogo, entre outros, já foram 'representados' na campanha "Envie os mapas de crime de sua área". Tais "mapas" são na realidade listas fetias pelos internautas com informações sobre as ruas mais perigosas, os tipos de crime mais comuns etc. Num texto recente, tratei brevemente da expansão desse tipo de mapa em várias cidades do mundo. Projetos como Oakland Crimespotting e Chicago Crime são alguns dentre inúmeros mapas de crime em áreas urbanas disponíveis na Internet. Muitos deles são colaborativos ou participativos, contando com informações dos internautas. Neste tipo de projeto, está suposto que a vigilância deve ser exercida não apenas sobre todos (como já atestam as câmeras de vigilância por toda parte), mas também por todos. A cidade e seus crimes são aí objeto de um regime escópico e atencional que implica uma vigilância colaborativa e distribuída, que incita a todos a reduzirem tais processos urbanos de grande complexidade política e social a uma questão de controle pessoal.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Wikisurveillance
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Estética e banco de dados
Abaixo, o sumário do livro:
TABLE OF CONTENTS
Acknowledgements
Introduction by Victoria Vesna
Part I. Database Aesthetics
1. Seeing the World in a Grain of Sand: The Database Aesthetics of Everything
Victoria Vesna
2. Database as Symbolic Form
Lev Manovich
3. Ocean, Database, Recut
Grahame Weinbren
4. Waiting for the World to Explode: How Data Converts Into a Novel
Norman Klein
5. The Database as System and Cultural Form: Anatomies of Cultural Narratives
Christiane Paul
6. The Database Imaginary: Memory_Archive_Database v 4.0
Steve Dietz
7. Recombinant Poetics and Related Database Aesthetics
Bill Seaman
8. The Database: An Aesthetics of Dignity
Sharon Daniel
9. Network Aesthetics
Warren Sack
10. Game Engines as Embedded Systems
Robert F. Nideffer
Part II. Artists and Data Projects
11. Stock Market Skirt: The Evolution of the Internet, the Interface and an Idea
Nancy Paterson
12. Pockets Full of Memories
George Legrady
13. The Raw Data Diet, All Consuming Bodies, and the Shape of Things to Come
Lynn Hershman-Leeson
14. Time Capsule: Networking the Biological [Biotech and Trauma]
Eduardo Kac
15. Aesthetics of ecosystm
John Klima
16. Polar
Marko Peljhan
Publication History
Contributors
Index
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Bancos de dados e vigilância
"IT USED to be easy to tell whether you were in a free country or a dictatorship. In an old-time police state, the goons are everywhere, both in person and through a web of informers that penetrates every workplace, community and family. They glean whatever they can about your political views, if you are careless enough to express them in public, and your personal foibles. What they fail to pick up in the café or canteen, they learn by reading your letters or tapping your phone. The knowledge thus amassed is then stored on millions of yellowing pieces of paper, typed or handwritten; from an old-time dictator's viewpoint, exclusive access to these files is at least as powerful an instrument of fear as any torture chamber. Only when a regime falls will the files either be destroyed, or thrown open so people can see which of their friends was an informer.
These days, data about people's whereabouts, purchases, behaviour and personal lives are gathered, stored and shared on a scale that no dictator of the old school ever thought possible. Most of the time, there is nothing obviously malign about this. Governments say they need to gather data to ward off terrorism or protect public health; corporations say they do it to deliver goods and services more efficiently. But the ubiquity of electronic data-gathering and processing—and above all, its acceptance by the public—is still astonishing, even compared with a decade ago. Nor is it confined to one region or political system."
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Casamento e Flagrante
Além disso tudo, essa história me lembrou o trabalho Fonce Alphonse (1993), do artista e fotógrafo Jeff Guess, em que este ultrapassa propositalmente o limite de velocidade com o seu carro na França, no dia do seu casamento, para que o o casal de noivos devidamente vestido para a "cerimônia" seja flagrado por uma câmera de controle do trânsito. Com esse dispositivo irônico, o artista gera uma foto de casamento absolutamente gratuita e entregue a domicílio pelo Estado. A imagem e o texto abaixo são do site do artista.
"In France the police set up cameras on the side of the highway which flash and take a photograph of speeding cars. Fonce, Alphonse (1993) is a police photograph which recorded an intentional speeding violation on my wedding day. The title roughly corresponds to the English, ‘Put the pedal to the metal’ It can be thought of a reflection on certain aspects of the work of Marcel Duchamp - on speed, the indifference of the machine, the bride, the ready-made, questions of identity, etc. It represents one of the most intimate moments in the life of a couple, marriage, and precisely at the exact moment where the police photo tries to identify us, our identities are in flux, marriage bringing about a change of name, of social status, even of nationality. It is meant to be thought of as a provocation. I was thinking of Alphonse Bertillon who systematized police photography at the end of the nineteenth century. In a way police photography approaches ‘objectivity’ as much as possible because it has legal status. The judiciary institution gives it its authenticity. But because we were speeding on purpose this becomes problematic. The power relations are reversed. In the same instant we go into the law through marriage, we also become ‘outlaws’. Marriage, institution of the State is confronted with the institution of the police."