O Globo Online, mais precisamente o blog Reporter de Crime lançou uma campanha convocando os moradores do Rio de Janeiro a enviarem mapas de crime dos locais em que moram ou conhecem bem. Tijuca, Flamengo, Jacarepaguá, Gávea, Copacabana, Centro, Botafogo, entre outros, já foram 'representados' na campanha "Envie os mapas de crime de sua área". Tais "mapas" são na realidade listas fetias pelos internautas com informações sobre as ruas mais perigosas, os tipos de crime mais comuns etc. Num texto recente, tratei brevemente da expansão desse tipo de mapa em várias cidades do mundo. Projetos como Oakland Crimespotting e Chicago Crime são alguns dentre inúmeros mapas de crime em áreas urbanas disponíveis na Internet. Muitos deles são colaborativos ou participativos, contando com informações dos internautas. Neste tipo de projeto, está suposto que a vigilância deve ser exercida não apenas sobre todos (como já atestam as câmeras de vigilância por toda parte), mas também por todos. A cidade e seus crimes são aí objeto de um regime escópico e atencional que implica uma vigilância colaborativa e distribuída, que incita a todos a reduzirem tais processos urbanos de grande complexidade política e social a uma questão de controle pessoal.
sábado, 6 de outubro de 2007
Mapas de crime e vigilância colaborativa
O Globo Online, mais precisamente o blog Reporter de Crime lançou uma campanha convocando os moradores do Rio de Janeiro a enviarem mapas de crime dos locais em que moram ou conhecem bem. Tijuca, Flamengo, Jacarepaguá, Gávea, Copacabana, Centro, Botafogo, entre outros, já foram 'representados' na campanha "Envie os mapas de crime de sua área". Tais "mapas" são na realidade listas fetias pelos internautas com informações sobre as ruas mais perigosas, os tipos de crime mais comuns etc. Num texto recente, tratei brevemente da expansão desse tipo de mapa em várias cidades do mundo. Projetos como Oakland Crimespotting e Chicago Crime são alguns dentre inúmeros mapas de crime em áreas urbanas disponíveis na Internet. Muitos deles são colaborativos ou participativos, contando com informações dos internautas. Neste tipo de projeto, está suposto que a vigilância deve ser exercida não apenas sobre todos (como já atestam as câmeras de vigilância por toda parte), mas também por todos. A cidade e seus crimes são aí objeto de um regime escópico e atencional que implica uma vigilância colaborativa e distribuída, que incita a todos a reduzirem tais processos urbanos de grande complexidade política e social a uma questão de controle pessoal.
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