"If you lose your eye and have a hole in your head, then why not stick a camera in there?"
Rob Spence
Uma câmera de vídeo sem fio incorporada a um olho protético que, desde então, passa a capturar e registrar tudo o que "vê". Eis no que consiste, sumariamente, o Eyeborg, projeto do realizador Rob Spence, que acopla esse "olho-câmera" ao seu próprio corpo lesado. Tendo perdido a vista num acidente ainda criança, o realizador incorpora agora um olho artificial que não o permite propriamente ver, mas filmar enquanto vive. Na linha dos lifelogs, lifestreamings ou lifecasters (Justin.TV, Ustream.tv, Gordon Bell, Hasan Elahi) e inspirado no trabalho do ativsta e artista Steve Mann, o Eyeborg, se considerado com base no site do projeto, me pareceu um tanto panfletário e muito confiante na proeza tecnológica da mutação cyborg. Ainda que a "obra" consista em parte no próprio devir câmera do olho e do corpo do realizador, resta ver o que se produz a partir daí.Rob Spence
2 comentários:
Interessante seria pensar a temporalidade nesse processo. Se, como lembra Bergson, quando vejo já é passado, esse olho-câmera acentuaria ainda mais essa idéia, não?
Sim, Patrícia! Embora o artista não explore bem isso, creio que um dos temas interessantes desse trabalho é sim a temporalidade, especialmente as relacões entre percepção e memória. um abraço,
Fernanda
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