Continuando o post anterior e recuando no tempo. Dois extratos que retratam a hermenêutica do olhar, a ortopedia fisionômica e a antropometria da alma presentes nos diagnósticos visuais que a fotografia e o fotógrafo eram supostos fornecer. A alma desviante de criminosos e loucos capturada pela câmera fotográfica, nas palavras e métodos de Bertillon (no campo da criminologia) e Diamond (na psiquiatria).
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"Every measurement slowly reveals the workings of the criminal. Careful observation and patience will reveal the truth." Alphonse Bertillon
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"...o Fotógrafo capta com uma exatidão infalível os fenômenos exteriores de cada paixão, enquanto indicação realmente segura de um desarranjo interior, e apresenta ao olho a bem conhecida afinidade que existe entre o cérebro doente e os órgãos e as feições do corpo...o Fotógrafo capta num momento a nuvem permanente, a tempestade passageira ou o brilho da alma, e habilita o metafísico a testemunhar e esboçar a conexão entre o visível e o invisível num ramo importante de suas pesquisas sobre a Filosofia da mente humana" (H. W. Diamond, psiquiatra, trabalho sobre "a aplicação peculiar da fotografia no delineamento da insanidade", 1856)
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