quinta-feira, 21 de maio de 2009

Attention economy and cognitive enhancer drugs


Em tempos de escassez e capitalização da atenção, os recursos cognitivos individuais e demasiadamente orgânicos afiguram-se rarefeitos, especialmente sob as demandas ilimitadas de produtividade. Matéria da New Yorker trata do uso de psicofármacos por jovens universitários visando seu "empoderamento" cognitivo. Psicofármacos clinicamente recomendados para o transtorno e deficit de atenção/hiperatividade, por exemplo, ingressam no roll de drogas cotidianas para o bom rendimento cognitivo.

sábado, 16 de maio de 2009

Harun Farocki (1)

Registro aqui parte do material de meus estudos recentes sobre os filmes de Harun Farocki. Este é um trecho do filme Images of the world, Inscriptions of the war.
"How to face a camera?"



"A photographic image is a cut, a section through the bundle of light rays reflected off objects in a circumscribed space." Harun Farocki

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Urban In/Visibility, Access and Zoning

Evento em Paris trata das reações entre cidade e informação, focalizando o par visibilidade/invisibilidade. Haverá transmissão em livre stream no site do evento. No link, a programação do Urban In/Visibility, Access and Zoning (May 30 / 31, Paris).
Abaixo, texto de divulgação do evento:

World-Information City – Paris 2009

Urban In/Visibility, Access and Zoning

Space is a social practice. Over the last decades, mobility – of people,
goods, and information – across distances large and small has become an ever
more salient aspect of a wide range of social practices. New technological
regimes have been created to enable and control this movement and new
practices are remaking urban spaces. As an effect, one and the same space
might have vastly different characteristics depending on how people
interface with the technical grid. This ranges from new ways of coordinating
one's movements through space with the help of new mobile technology, to
electronic tagging technologies to monitor and restrict the movement of
people as a form of criminal punishment, to the construction of special
access zones (where certain people can either not enter, or not leave) which
create new areas of invisibility. Yet, there is also the promise of using
the civic and participatory potential of the new technologies to re-connect
people with the local places they live-in. The sociologist Manuel Castells
speaks in this context of the re-ordering of the space of places through the
space of flows. The analog logic of geography encounters the digital logic
of communication networks as lived space turns into a mosaic of practices,
sometimes intersecting, sometimes conflicting and often bypassing each
other.

For the first time in world history a majority lives in cities but the
cities' form itself is challenged and stratified into a grid of distinct
sectors. Virtual and physical space increasingly fragments into fully global
zones along intensely local spaces in a single geographic domain. Urban
development is defined by the vectors of knowledge and power. Information in
its social expressions manifests in physical environments, and in the
shaping of urban spaces. Metropolitan architecture has to accommodate
locations of the virtual and the new laboratories of the mind where humans
and machines shape each other in the production of meaning.

World-Information City Paris 2009 is a two day conference that will focus on
four major themes within the wide field of new urban geographies: First, it
will focus on new theories to reframe the essential role played by
mobilities of all kinds. They pose a major challenge to social and urban
theories, which often remain implicitly static. Secondly, it will look at
how global flows and local dynamics intersect and shape cities in
particularly dynamic cases, such as Bangalore, India. Thirdly, it will
investigate remaking of urban spaces through new forms of conflict and
strategies of security. And in the final panel World-Information City will
look at emerging patterns of distributed action in space and new approaches
to map them.
Each of these themes will be addressed by two or more of the most
outstanding thinkers followed by an open audience debate. A range of
additional of workshops provides the opportunity to discuss some of these
issues more in depth. High-level presentations and discussions will offer
thoughts on urban transformations in a digitally networked world as a
valuable resource to be consulted for a long time in the future.

Konrad Becker, Felix Stalder

WIC Editors

World-Information City is a project of World-Information Institute for Futur
en Seine in cooperation with Cap Digital, médialab Sciences Po, Orange Labs,
supported by Maison des Métallos, Awdio, Bandits-Mages, Ellipse, Labomedia,
the City of Paris and the Ile-de-France Region.

|| May 30 / 31
|| Maison des métallos, 94 rue Jean-Pierre Timbaud - 75011 Paris

domingo, 10 de maio de 2009

Evidência cerebral


Do neuromarketing à neuropsicologia e terapias cognitivo-comportamentais, o cérebro tem se apresentado como a evidência cabal daquilo que a aparência, o discurso e os artifícios podem esconder. Dispositivos biométricos recentes seguem essa trilha da objetividade cerebral, incorporando o "brain scanning" na detecção de terroristas suspeitos. A perspectiva é a de que tais dispositivos de identificação sejam colocados em aeroportos, controles de fronteira e áreas de risco.
A matéria do The Guardian, onde tomei conhecimento do novo aplicativo securitário, fala de outras tecnologias biométricas em desenvolvimento, assim como de sua incorporação às tecnologias cotidianas e de uso pessoal, como telefones celulares, tema que já foi tratado diversas vezes neste blog.
Na linha desta muito questionável evidência cerebral, a imagem acima pode ser recriada por um software ler ou escanear o cérebro enquanto olhamos para ela. Mais detalhes na New Scientist.

terça-feira, 5 de maio de 2009

ATO contra o AI-5 Digital

Reproduzo na íntegra post do Sergio Amadeu sobre Manifestação contra o Projeto do Senador Azeredo, em defesa da liberdade e da privacidade na Internet.

A Internet é uma rede de comunicação aberta e livre. Nela, podemos criar conteúdos, formatos e tecnologias sem a necessidade de autorização de nenhum governo ou corporação. A Internet democratizou o acesso a informação e tem assegurado práticas colaborativas extremamente
importantes para a diversidade cultural. A Internet é a maior expressão da era da informação.

A Internet reduziu as barreiras de entrada para se comunicar, para se disseminar mensagens. E isto incomoda grandes grupos econômicos e de intermediários da cultura. Por isso, se juntam para retirar da Internet as possibilidades de livre criação e de compartilhamento de bens culturais de de conhecimento.

Um projeto de lei do governo conservador de Sarkozi tentou bloquear as redes P2P na França e tornar suspeitos de prática criminosa todos os seus usuários. O projeto foi derrotado.

No Brasil, um projeto substitutivo sobre crimes na Internet aprovado e defendido pelo Senador Azeredo está para ser votado na Câmara de Deputados. Seu objetivo é criminalizar práticas cotidianas na Internet, tornar suspeitas as redes P2P, impedir a existência de redes abertas,
reforçar o DRM que impedirá o livre uso de aparelhos digitais. Entre outros absurdos, o projeto quer transformar os provedores de acesso em uma espécie de polícia privada. O projeto coloca em risco a privacida de dos internautas e, se aprovado, elevará o já elavado custo de comunicação no Brasil.

Gostaríamos de convidá-lo a participar do ato público que será realizado no dia 14 de maio, às 19h30, em defesa da
LIBERDADE NA INTERNET
CONTRA O VIGILANTISMO NA COMUNICAÇÃO EM REDE
CONTRA O PROJETO DE LEI SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO

O Ato será na Assembléia Legislativa de São Paulo e será transmitido em streaming para todo o país pela web.

PLENÁRIO FRANCO MONTORO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO
AV PEDRO ALVARES CABRAL S/N - IBIRAPUERA

O Ato também terá cobertura em tempo real pelo Twitter e pelo Facebook.

Contamos com a sua presença.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Surveillance and Resistance


Novo número da Surveillance & Society é dedicado às relações entre Resistência e Vigilância. Os artigos, notas e resenhas que compõem o número estão todos on-line. Vale a leitura.

Vol 6, No 3 (2009): Surveillance and Resistance

Guest Editors: Laura Huey and Luis A. Fernandez

*With a special Review section on the UK House of Lords Constitution Committee report, Surveillance: Citizens and the State

Table of Contents
Editorial
Is Resistance Futile? Thoughts on Resisting Surveillance
Luis A Fernandez, Laura Huey 199-202
Articles
Surveillance is Sexy Abstract
David Bell 203-212
Understanding resistance to digital surveillance: Towards a multi-disciplinary, multi-actor framework
Aaron K Martin, Rosamunde E van Brakel, Daniel J Bernhard 213-232
Networks and Resistance: Investigating online advocacy networks as a modality for resisting state surveillance
Lucas D Introna, Amy Gibbons 233-258
Individualism and Identity Resistance to Speed Cameras in the UK
Helen Wells, David Wills 259-274
Facebook Feeding Frenzy: Resistance-through-Distance and Resistance-through-Persistence in the Societied Network
Andrés Sanchez 275-293

Opinion / Research Notes
A Tack in the Shoe and Taking off the Shoe Neutralization and Counter-neutralization Dynamics
Gary T Marx 294-306

Artistic Presentations
panegyric 6.6
Rez Noir 307

Review Articles
What the US can learn from the UK about the protection of privacy
Oscar H. Gandy Jr. 308-312
Waking Up to the Surveillance Society
N. Katherine Hayles 313-316
Surveillance: Citizens and the State
Katja Franko Aas 317-321
Control Over Personal Information in the Database Era
Mark Andrejevic 322-326

Book Reviews
Daniel J. 2008. Understanding Privacy. Cambridge and London: Harvard University Press.
Vida Bajc 327-328
Roberts, Alasdair. 2006. Blacked Out: Government Secrecy in the Information Age. Cambridge, MA: Cambridge University Press.
Krista Boa 329-330
Wright, David, Serge Gutwirth, Michael Friedewald, Elena Vildjiounaite and Yves Punie (eds.) 2008. Safeguards in a World of Ambient Intelligence. London: Springer.
Martin Dodge 331-333
Franko Aas, Katja, Helene Oppen Gudnhus and Heidi Mork Lomell 2008. Technologies of Insecurity: The Surveillance of Everyday Life. New York: Routledge-Cavendish.
Adam Molnar 334-336
Laidler, Keith 2008. Surveillance Unlimited: How We’ve Becomve the Most Watched People on Earth. Cambridge: Icon Books.
Rebecca Morrison 337-338
Reiner, Robert 2007. Law and Order: An Honest Citizen’s Guide to Crime Control. London: Polity Press.
Christopher Murphy 339-340
Doctorow, Cory. 2008. Little Brother. London: Harper Voyager or New York: Tor/Tom Doherty Associates.
Mike Nellis 341-342
Bennett, Colin. 2008. The Privacy Advocates: Resisting the Spread of Surveillance. Cambridge: MIT University Press. 259 pp, Hardcover, $28.00 (US), ISBN-10: 0262026384.
Abraham Newman 343-344
Solove, Daniel. 2007. The Future of Reputation: Gossip, Rumour, and Privacy on the Internet. London: Yale University Press.
Daniel Neyland 345-346
Sofsky, Wolfgang. 2008. Privacy: A Manifesto. Princeton, NJ: Princeton University Press. Translated by Steven Rendall.
Priscilla Regan 347-348
Freeman, D., And J. Freeman 2006. Paranoia: The Twenty-First Century Fear. Oxford University Press.
Erica Spink D’Souza