Vitrine da Louis Vuitton em Ipanema, Rio de Janeiro. A vigilância fashion na vitrine combina com o vergonhoso tapete vermelho natalino nas calçadas. O conjunto da obra merece uma contra-intervenção urbana. As fotos são da querida Paola Barreto (gracias!!!). Vamos ;-)?
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Rosello - Cultura da insegurança
Acabo de assistir a um vídeo da ótima conferência da pesquisadora Mireille Rosello sobre "Culturas da (in) segurança" na Universidade de Montréal. Há muitos aspectos a comentar, mas recorro à brevidade dos tópicos por falta de tempo. Enumero algumas das hipóteses mais instigantes da sua fala e que complementam meu último post sobre o tema.
1. Não há como estar globalmente fora da cultura da insegurança; cabe portanto resistir taticamente por dentro.
2. É preciso questionar o pressuposto de que há razão para haver medo e escapar da escolha entre o medo dos vigiados e o medo dos vigilantes. Trata-se aí de uma falsa questão, que apenas toma posições ideológicas e busca decidir quem é mais perigoso (o suspeito ou o vigia), sem problematizar as bases da própria cultura da insegurança.
3. A câmera deve ser pensada como um "cidadão incivil", que nos impõe sentir medo ou nos arrepender de não ter tido medo antes. Ela cria o medo que supostamente deveria cessar e reitera, de modo performativo, o imaginário do pior, a premediação (Gursin) da catástrofe futura.
4. É preciso colocar em questão o pressuposto de que a insegurança é um sentimento indesejável que deve ser banido. Trata-se de historicizar essa negatividade e reivindicar uma subjetividade que se sabe e se aceita vulnerável. Essa vulnerabilidade seria parte de nossa condição propriamente humana, que estaria na base da sociabilidade e que constitui uma experiência comum e solidária, diferentemente da cultura da insegurança, que está fundada no medo do outro. Cabe pensar a vulnerabilidade como uma das faces da insegurança, no lugar de fazer da primeira um afeto individual e da segunda uma realidade social.
1. Não há como estar globalmente fora da cultura da insegurança; cabe portanto resistir taticamente por dentro.
2. É preciso questionar o pressuposto de que há razão para haver medo e escapar da escolha entre o medo dos vigiados e o medo dos vigilantes. Trata-se aí de uma falsa questão, que apenas toma posições ideológicas e busca decidir quem é mais perigoso (o suspeito ou o vigia), sem problematizar as bases da própria cultura da insegurança.
3. A câmera deve ser pensada como um "cidadão incivil", que nos impõe sentir medo ou nos arrepender de não ter tido medo antes. Ela cria o medo que supostamente deveria cessar e reitera, de modo performativo, o imaginário do pior, a premediação (Gursin) da catástrofe futura.
4. É preciso colocar em questão o pressuposto de que a insegurança é um sentimento indesejável que deve ser banido. Trata-se de historicizar essa negatividade e reivindicar uma subjetividade que se sabe e se aceita vulnerável. Essa vulnerabilidade seria parte de nossa condição propriamente humana, que estaria na base da sociabilidade e que constitui uma experiência comum e solidária, diferentemente da cultura da insegurança, que está fundada no medo do outro. Cabe pensar a vulnerabilidade como uma das faces da insegurança, no lugar de fazer da primeira um afeto individual e da segunda uma realidade social.
Scanners corporais em aeroportos
A instalação de scanners corporais em aeroportos é objeto de discussão na Europa, que se divide entre a retórica securitária anti-terrorismo e a proteção da dignidade e da liverdade individual. Segundo matéria do Le Pays, há também uma preocupação com a dimensão voyeurística do dispositivo, que recai sobre os policiais.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Cidade ampliada, tecnologias infiltradas
Na próxima semana estarei participando do evento Cidade ampliada, tecnologias infiltradas: vigilância e controle na sociedade contemporânea na PUC-PR em Curitiba. O evento acontece nos dias 28 e 29 de outubro de 2008, com entrada franca. A programação completa está no link acima e no cartaz abaixo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
O show do eu
Os estudos e pesquisas sobre as práticas de exposição da intimidade nas novas mídias são presenteados com esse belo ensaio da Paula Sibilia - O show do eu: a intimidade como espetáculo - que será lançado amanhã, quinta, 23 de outubro, na Livraria da Travessa de Ipanema, Rio. Tive o prazer de participar da banca de tese de doutorado da Paula, que é a matriz deste livro que trata das narrativas do eu nos ambientes midiáticos atuais, das novas formas de autoria, da espetacularização da intimidade e da solidão do indivíduo contemporâneo. Tudo isso salpicado de ótimos diálogos com a literatura, em escrita do melhor estilo.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Recife e câmeras sem efeito
Ainda sobre vídeo-vigilância, agora no Brasil, matéria do Diário de Pernambuco mostra que em Recife as câmeras instaladas nas ruas do centro não alteraram a rotina de furtos e tráfico de drogas (via Carnet, again). A matéria se diferencia um pouco do que vem sendo o lugar comum do discurso jornalístico nesse domínio. Tenho acompanhado as matérias sobre câmeras de vigilância na imprensa brasileira e poucas fazem uma avaliação interessante ou ao menos ponderada dos sistemas de vídeo-vigilância. De modo geral, sobretudo nos últimos meses de campanha eleitoral, o jornalismo da grande mídia vem anunciando a instalação de câmeras como uma medida extremamente satisfatória na redução de crimes. Não raro, fala-se em reduções de 40 e 50%. O fato é que ainda não há dados e estudos confiáveis sobre essa questão no Brasil, mais tais números, até onde eu sei, não encontram equivalente em nenhum outro país ocidental, nem mesmo nos mais repletos de vídeo-vigilância. Mesmo o chamado "modelo Bogotá" de redução da criminalidade não estabelece uma relação direta entre o uso de câmeras e a redução de crimes.
Paris e vídeo-vigilância
Dica da amiga Paula Sibilia (gracias!), matéria do Libération sobre o projeto da prefeitura "1000 câmeras para Paris" (1000 caméras por Paris), que quadruplica o número de câmeras em vias públicas na cidade. Segundo a matéria, a prefeitura tem a preocupação de se diferenciar do projeto londrino, adotando medidas que garantam o respeito às liberdades individuais: comitê de ética, "borragem" das imagens que capturem entradas de imóveis, limite de 30 dias para arquivo das imagens, possibilidade de os cidadãos consultarem as imagens que lhe concernem. A retórica global da segurança pós 11 de setembro torna a vídeo-vigilância uma espécie de utilidade pública cada vez mais "necessária". Ainda segundo o Libé, os movimentos anti-vigilância questionam se um tal projeto faz sentido, dado que Paris seria uma das grandes cidades mais seguras do mundo. Apontam, ainda, que esta expansão implica uma deriva securitária difícil de ser contida posteriormente.
Off Topic - Pathos
Para além das urgências contemporâneas da vigilância e da visibilidade, e para quem está no Rio de Janeiro, o Simpósio Pathos: a poética das emoções, organizado por Fernando Santoro (IFCS/UFRJ) e Henrique Cairus (Letras/UFRJ) trata de outros tempos e outros afetos, tão mais antigos quanto diversos. O evento começa hoje e acontece no IFCS/UFRJ (Largo de São Francisco, Centro). Entre os conferencistas convidados, Barbara Cassin (Université de Paris IV - CNRS), Catherine Collobert (University of Ottawa), David Konstan (University of Brown), Elizabeth Belfiore (University of Minnesota), Malcolm Heath (University of Leeds), Pierre Destrée (Université Catholique de Louvain), Stephen Halliwell (University of St. Andrews), Stephen Leighton (Queens's University). Os temas: paixões, suspense, cólera, música, ira, prazeres, poética, palavra, entre outros. A programação completa do evento está aqui.
domingo, 19 de outubro de 2008
CCTV Report
Cartaz do Setor de Transportes de Londres
Mais um relatório britânico (Home Office Research) mostra a ineficiência do uso de câmeras de vigilância (mais especificamente de Circuitos Fechados de TV/CFTV ou CCTV em inglês) na redução de crimes (via Carnet de Notes). Como de costume em boa parte dos relatórios governamentais, a ineficácia do dispositivo de vigilância/segurança não é suficiente para colocá-lo em questão. Atribui-se a ineficácia ao mau uso do dispositivo ou a um excesso de expectativas, ou ainda a uma dificuldade, exterior ao dispositivo, de se mensurar um fenômeno complexo como a redução de crimes. Selecionei alguns extratos das conclusões e projeções que ilustram essa perspectiva:
"Seria fácil concluir a partir das informações apresentadas neste relatório que o CFTV não é eficaz: a maioria dos sistemas avaliados não reduziram a criminalidade e mesmo onde houve uma redução isso não foi principalmente devido ao CFTV; nem sistemas de CFTV fizeram as pessoas se sentirem mais seguras e muito menos mudaram seu comportamento. Isso, no entanto, seria uma conclusão muito simplista, e por várias razões (...) O fracasso em atingir os objectivos de prevenção da criminalidade foi sem dúvida menos um fracasso do CFTV como medida de prevenção do crime do que da forma como foi gerido. (...) Finalmente, embora o público em sua maior parte não tenha se sentido mais seguro, e apesar de perceberem o CFTV como menos eficaz do que se pensava inicialmente, ele ainda era predominantemente a favor de seu uso. (...) Não deve ser esperado muito do CCTV. Ele é mais do que apenas uma solução técnica, ele exige a intervenção humana para funcionar com a máxima eficiência e os problemas que ajuda a resolver são complexos. Ele tem potencial, se bem gerido, frequentemente ao lado de outras medidas, e em resposta a problemas específicos, para ajudar a reduzir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança pública, podendo gerar outros benefícios".
Diferentemente de outros relatórios, como os elaborados pelo Urban Eye (2004) e o Surveillance Studies Network (2006), este procura reafirmar, malgrado os dados produzidos pela própria pesquisa, a utilidade potencial das câmeras de vigilância para a segurança. Outros elementos do relatório que são dignos de nota:
- na avaliação da relação vigilância/segurança, a pesquisa não leva em conta apenas as ocorrências criminais, mas também o sentimento de insegurança. As câmeras não têm sucesso efetivo em nenhum dos casos, mas é menos ineficiente na redução do sentimento de insegurança, o que permite entender o empenho dos governantes na ampliação dos sistemas de CFTV;
- ainda sobre o sentimento de insegurança, ele é maior entre aqueles que são conscientes da presença das câmeras do que entre aqueles que não o são, e tal consciência não diminui a sensação de insegurança.
- curioso notar que em alguns casos há aumento de ocorrências criminais nas áreas monitoradas, embora o relatório afirme não haver relação direta entre uma coisa e outra.
- nas projeções para o futuro e o "bom uso" da videovigilância, sugere-se um maior investimento na biometria e nos softwares de análise "inteligente" das imagens de vigilância.
O que não é posto em questão no relatório e em boa parte das políticas públicas de videovigilância:
- o nexo entre segurança e vigilância não é evidente nem necessário. Ou seja, nem a vigilância garante a segurança nem esta legitima necessariamente aquela, uma vez que os sentidos e as experiências possíveis da segurança ultrapassam em muito as práticas de vigilância;
- não é suficiente e pode ser mesmo falacioso avaliar as implicações sociais da videovigilância em termos de eficiência na redução de crimes. O mais importante a ser visto aí não é o fato de as câmeras serem ineficientes naquilo a que se propõem, mas o fato de a eficiência não poder ser o critério que justifica ou legitima a videovigilância. O foco na eficiência deixa fora do campo de reflexão os princípios que governam a videovigilância e suas implicações éticas, políticas, sociais e subjetivas.
- é preciso quebrar a lógica policial e recursiva presente no discurso da eficiência\ineficiência. Como já afirmei em outros posts, essa lógica não admite outra saída além daquela que reafirma a necessidade e a ampliação dos dispositivos de vigilância. Se a questão é a eficiência e o dispositivo não funciona, é porque ele ainda não é suficientemente bem utilizado ou porque ainda é preciso incrementar as suas condições técnicas. Nesta equação policial, quanto menos eficiência, mais vigilância é requerida - seja na forma de um melhor uso, seja na forma de aperfeiçoamentos técnicos.
Mais um relatório britânico (Home Office Research) mostra a ineficiência do uso de câmeras de vigilância (mais especificamente de Circuitos Fechados de TV/CFTV ou CCTV em inglês) na redução de crimes (via Carnet de Notes). Como de costume em boa parte dos relatórios governamentais, a ineficácia do dispositivo de vigilância/segurança não é suficiente para colocá-lo em questão. Atribui-se a ineficácia ao mau uso do dispositivo ou a um excesso de expectativas, ou ainda a uma dificuldade, exterior ao dispositivo, de se mensurar um fenômeno complexo como a redução de crimes. Selecionei alguns extratos das conclusões e projeções que ilustram essa perspectiva:
"Seria fácil concluir a partir das informações apresentadas neste relatório que o CFTV não é eficaz: a maioria dos sistemas avaliados não reduziram a criminalidade e mesmo onde houve uma redução isso não foi principalmente devido ao CFTV; nem sistemas de CFTV fizeram as pessoas se sentirem mais seguras e muito menos mudaram seu comportamento. Isso, no entanto, seria uma conclusão muito simplista, e por várias razões (...) O fracasso em atingir os objectivos de prevenção da criminalidade foi sem dúvida menos um fracasso do CFTV como medida de prevenção do crime do que da forma como foi gerido. (...) Finalmente, embora o público em sua maior parte não tenha se sentido mais seguro, e apesar de perceberem o CFTV como menos eficaz do que se pensava inicialmente, ele ainda era predominantemente a favor de seu uso. (...) Não deve ser esperado muito do CCTV. Ele é mais do que apenas uma solução técnica, ele exige a intervenção humana para funcionar com a máxima eficiência e os problemas que ajuda a resolver são complexos. Ele tem potencial, se bem gerido, frequentemente ao lado de outras medidas, e em resposta a problemas específicos, para ajudar a reduzir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança pública, podendo gerar outros benefícios".
Diferentemente de outros relatórios, como os elaborados pelo Urban Eye (2004) e o Surveillance Studies Network (2006), este procura reafirmar, malgrado os dados produzidos pela própria pesquisa, a utilidade potencial das câmeras de vigilância para a segurança. Outros elementos do relatório que são dignos de nota:
- na avaliação da relação vigilância/segurança, a pesquisa não leva em conta apenas as ocorrências criminais, mas também o sentimento de insegurança. As câmeras não têm sucesso efetivo em nenhum dos casos, mas é menos ineficiente na redução do sentimento de insegurança, o que permite entender o empenho dos governantes na ampliação dos sistemas de CFTV;
- ainda sobre o sentimento de insegurança, ele é maior entre aqueles que são conscientes da presença das câmeras do que entre aqueles que não o são, e tal consciência não diminui a sensação de insegurança.
- curioso notar que em alguns casos há aumento de ocorrências criminais nas áreas monitoradas, embora o relatório afirme não haver relação direta entre uma coisa e outra.
- nas projeções para o futuro e o "bom uso" da videovigilância, sugere-se um maior investimento na biometria e nos softwares de análise "inteligente" das imagens de vigilância.
O que não é posto em questão no relatório e em boa parte das políticas públicas de videovigilância:
- o nexo entre segurança e vigilância não é evidente nem necessário. Ou seja, nem a vigilância garante a segurança nem esta legitima necessariamente aquela, uma vez que os sentidos e as experiências possíveis da segurança ultrapassam em muito as práticas de vigilância;
- não é suficiente e pode ser mesmo falacioso avaliar as implicações sociais da videovigilância em termos de eficiência na redução de crimes. O mais importante a ser visto aí não é o fato de as câmeras serem ineficientes naquilo a que se propõem, mas o fato de a eficiência não poder ser o critério que justifica ou legitima a videovigilância. O foco na eficiência deixa fora do campo de reflexão os princípios que governam a videovigilância e suas implicações éticas, políticas, sociais e subjetivas.
- é preciso quebrar a lógica policial e recursiva presente no discurso da eficiência\ineficiência. Como já afirmei em outros posts, essa lógica não admite outra saída além daquela que reafirma a necessidade e a ampliação dos dispositivos de vigilância. Se a questão é a eficiência e o dispositivo não funciona, é porque ele ainda não é suficientemente bem utilizado ou porque ainda é preciso incrementar as suas condições técnicas. Nesta equação policial, quanto menos eficiência, mais vigilância é requerida - seja na forma de um melhor uso, seja na forma de aperfeiçoamentos técnicos.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Freedom not Fear Day
Amanhã, dia 11 de outubro de 2008, é o dia internacional do movimento Fear not Freedom, que reúne uma série de grupos de ativistas contra a vigilância excessiva por parte de governos e corporações. Haverá manifestações em diversas cidades do mundo, mas infelizmente nada no Brasil. Abaixo, parte do texto do movimento e, no link, a programação pelo mundo.
"A broad movement of campaigners and organizations is calling on everybody to join action against excessive surveillance by governments and businesses. On 11 October 2008, concerned people in many countries will take to the streets, the motto being "Freedom not fear 2008". Peaceful and creative action, from protest marches to parties, will take place in many capital cities.
...
Surveillance, distrust and fear are gradually transforming our society into one of uncritical consumers who have "nothing to hide" and - in a vain attempt to achieve total security - are prepared to give up their freedoms. We do not want to live in such a society!
We believe the respect for our privacy to be an important part of our human dignity. A free and open society cannot exist without unconditionally private spaces and communications.
The increasing electronic registration and surveillance of the entire population does not make us any safer from crime, costs millions of Euros and puts the privacy of innocent citizens at risk. Under the reign of fear and blind actionism, targeted and sustained security measures fall by the wayside, as well as tackling peoples' actual daily problems such as unemployment and poverty.
In order to protest against security mania and excessive surveillance we will take to the streets in capital cities in many countries on 11 October 2008. We call on everybody to join our peaceful protest. Politicians are to see that we are willing to take to the streets for the protection of our liberties!
You can find the latest information on the protest marches and the list of participating cities at our website: http://wiki.vorratsdatenspeicherung.de/Freedom_Not_Fear_2008."
"A broad movement of campaigners and organizations is calling on everybody to join action against excessive surveillance by governments and businesses. On 11 October 2008, concerned people in many countries will take to the streets, the motto being "Freedom not fear 2008". Peaceful and creative action, from protest marches to parties, will take place in many capital cities.
...
Surveillance, distrust and fear are gradually transforming our society into one of uncritical consumers who have "nothing to hide" and - in a vain attempt to achieve total security - are prepared to give up their freedoms. We do not want to live in such a society!
We believe the respect for our privacy to be an important part of our human dignity. A free and open society cannot exist without unconditionally private spaces and communications.
The increasing electronic registration and surveillance of the entire population does not make us any safer from crime, costs millions of Euros and puts the privacy of innocent citizens at risk. Under the reign of fear and blind actionism, targeted and sustained security measures fall by the wayside, as well as tackling peoples' actual daily problems such as unemployment and poverty.
In order to protest against security mania and excessive surveillance we will take to the streets in capital cities in many countries on 11 October 2008. We call on everybody to join our peaceful protest. Politicians are to see that we are willing to take to the streets for the protection of our liberties!
You can find the latest information on the protest marches and the list of participating cities at our website: http://wiki.vorratsdatenspeicherung.de/Freedom_Not_Fear_2008."
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Data-mining report
Relatório oficial elaborado por cientistas e pesquisadores de instituições como MIT, Google, Stanford University, entre outras, mostra as falhas do uso do data-mining para identificar terroristas preventivamente. Uma mostra recente dessas falhas se deu na Polícia de Maryland, que classificou 53 ativistas não violentos como terroristas (via Slashdot). Sobre o relatório, detalhes no Boing Boing.
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