Um dos principais focos da pesquisa de que trata esse blog é a constituição de uma nova maquinaria taxonômica através da elaboração de bancos de dados e perfis computacionais no ciberespaço. Argumentamos que diversos programas e sistemas de busca, produção e distribuição da informação na rede são também poderosos sistemas de coleta e classificação de informações sobre indivíduos, gostos, preferências, inclinações corportamentais etc. Em alguns artigos já indicados
aqui, analisamos como mecanismos de busca (Google), redes sociais (Orkut) e sites de vendas (amazom.com) vêm construindo valiosos bancos de dados, alimentados pelas próprias ações e informações fornecidas pelos usuários destes serviços.
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Em breve postarei um novo artigo sobre esse tema, levando em conta os novos dispositivos da Web 2.0. Antecipo, contudo, um dos serviços que merece atenção e destaque - o SPOCK. Seguindo a pista do Tim O'Reilly em entrevista mencionada no
post anterior, fui conferir o serviço e ele é um excelente exemplo e uma atualização concreta das questões mencionadas acima. Trata-se de um mecanismo de busca pessoal, isso é, voltado para a busca e indexação de pessoas. Sim, o Google já permite buscar pessoas na rede, mas o Spock, por ser especializado e contar com ferramentas de classificação "colaborativas" oferece resultados bastante interessantes. Além de criar taggs para pessoas de modo automatizado, o Spock permite que os usuários adicionem suas próprias taggs, votem nas existentes, identifiquem relações entre pessoas e forneçam outros tipos de informação. Enfim, o sistema torna-se mais eficiente à medida que as pessoas o utilizam. Uma aplicação exemplar do modelo do que temos chamado de "vigilância colaborativa pu participativa", a qual é indissociável, como se pode ver, da constituição de bancos de dados, taxonomias e perfis também colaborativos.
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