domingo, 25 de março de 2007
Uma idéia na cabeça e nenhuma câmera na mão
Uma imensa massa de imagens vem sendo produzida, registrada e arquivada diariamente por inúmeras câmeras de vigilância e de cctv (closed circuit television) ao redor do mundo. Imagens que não se oferecem ao olhar, mas ao arquivo, pois boa parte delas sequer é vista por um olho humano. Tudo registrar, tudo arquivar e para que tantas imagens? Ou ainda, perguntam alguns produtores de imagem, para que mais uma câmera, mais um registro, se eles estão por toda parte?
Não por acaso, proliferam, especialmente na Ingletarra, o país com mais câmeras de vigilância no mundo (no fim de 2006, havia cerca de uma câmera para cada 14 pessoas), projetos de artistas, performers e cineastas que se reapropriam dessas imagens de vigilância, deslocando seus destinos.
É o caso do filme Faceless, dirigido por Manu Luksch e realizado no quadro do Manifesto for CCTV Filmakers, que propõe o uso de imagens de arquivo de CCTV na realização de filmes, conforme reportado pelo excelente networked-performance:
"FACELESS (UK/AT 2007, 50 min), a CCTV sci-fi thriller directed by Manu Luksch; soundtrack by mukul; piano music by Rupert Huber; co-produced by Amour Fou and Ambient Information Systems; languages: English / German.
In an eerily familiar society, the reformed RealTime calendar dispenses with past and future, and all citizens are faceless. A woman panics when she wakes up with a face. With the help of the Spectral Children she unveils the lost power and history of the human face and begins the search for its future.
FACELESS uses CCTV images obtained under the terms of the UK Data Protection Act as 'legal readymades (objets trouves)'. Legislation requires that the privacy of other persons be protected when data is released. For CCTV recordings, this is typically done by obscuring their faces. Much of FACELESS is driven by the 'Manifesto for CCTV Filmmakers'. The manifesto states, amongst other things, that additional cameras are not permitted on location, since they are rendered redundant by omnipresent video surveillance."
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